sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Adeus, dois mil e dez

Fim. Adoro isso. É romântico, triste, esperançoso, tranquilo... é o fim. Seja lá do que for.
E hoje, eu queria estar bem, em paz, comigo mesma... é como aquele livro que sempre é mais ou menos, mas o final tem que ser bom. Independente de como o livro foi, é imperdoável um final ruim. Se for ruim, torcemos pra o final salvar. Se for bom, torcemos pra o final surpreender. Então, vou me dar de presente pensamentos expostos... que fugi tantas vezes esse ano, por medo, talvez. Além do diário que vou me presentear também, claro. Mas deixa isso pro começo.
Esse ano não foi de fato, um daqueles em que dizemos sorridentes "um dos melhores anos da minha vida", nem mesmo "um dos piores", mas seja lá o que for, qualquer dia é aprendizagem. Não sei porque, ainda, mas as coisas ruins sempre sobrepõem as boas. Talvez pela intensidade da dor... mas quem disse que as ruins também não podem ser boas?
Perdi no inglês e nunca chorei tanto na vida. Fiz Enem, fiquei triste, fiz prova da UnB, fiquei desesperançosa. Me cobrei, me odiei, me amei. Quis lugares, pessoas, horas e não tive. E soube agradecer por isso depois. Conheci a Disney, me conheci. Conheci Nova Iorque e algumas pessoas especiais.
Aprendi a gostar de minha casa e dar mais valor a minha família. Me apaixonei pela COTEFAVE, odiei minha turma, amei também, torci, quis que Serra ganhasse, meu time foi campeão estadual, minha tia preferida engravidou e eu fotografei seu casamento, meu primo se formou, alguns amigos formaram.
Cresci. Doeu crescer. Aprendi tarde algumas coisas, por teimosia. Agora é tempo de recuperar. E amar. Pequenas coisas. Grandes. O que for.
Vou levar comigo os valores e as lembranças dos meus desejos e acima de tudo, minha vontade de mudar, pra conseguí-los.
Ano de agradecer, também, pelas pessoas que passaram, pelos que ficaram, pelos que me amaram. E você, que está lendo isso. É por sua causa que esse blog ainda existe. Obrigada de alma.
As expectativas não são muitas... estou aprendendo a me deixar surpreender. As promessas, as mesmas. Mas vamos que vamos, como diria alguns amores, com fé. É o único motivo de ainda sermos.


(P.S.: Me assustou o número de postagens desse ano ter sido o mesmo do ano passado. Engraçado essas coincidências.)

Até logo, fantasmas! :)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Caio de amores

Romeu sem Julieta

Eu não sei porque a cidade também perdeu a graça. Não sei porque, de repente, ao passar na esquina, não sinto mais esperança. A chuva enjoou de mim dizendo pra trazer o meu benzinho. As pessoas ficaram todas bobas. De repente, ir na avenida principal não faz mais sentido. O shopping anda tão vazio... as conversas estão mais chatas, as pessoas mais repetitivas. Não vi luzes de Natal, e as pessoas na feira estão mais cansadas. O MSN até madrugada não tem graça. Talvez seja isso que chamam de saudade. Ou maldade. Está diferente. Acho que um pedaço meu foi junto, tem como conferir aí? Morangos e chocolate e metade das coisas resolvidas... mas até os morangos desapareceram. "Você levou o Morango contigo, anjo?".

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Little red

Eu sempre me entristeço com formaturas. Não sei. Não deixa de ser uma despedida... uma fase acabada, um começo, um tchau. E eu sempre fico feliz, também. Por querer formar, por ver pessoas crescendo e essas coisas breguinhas.
Gostaria que soubessem que estou feliz por vocês e quero que vocês sejam felizes, em qualquer lugar. Que passem logo no vestibular e continuem lindos, me enchendo de orgulho.
Eu amei vocês esse dia. Fisicamente, interiormente e preenchendo todos os lugares de amor mais saudáveis e bonitos. Foi como se o sentimento estivesse sempre ali, e eu não dava a mínima pra ele. Mas agora eu ligo e quero que saibam que eu quero vocês muito bem.
Me desculpa pela teimosia de tantas vezes... com os dois. Pelos conselhos não ouvidos de Ana e as palavras (e não só isso rs) recusadas de Cenoura. E obrigada por cada frase, vírgula, atenção, carinho.
Tenho uma porção de coisas boas pra desejar. Saúde, prosperidade, felicidade, amores... assim, sem mais nem menos, mesmo. Só por carinho. Espero que cresçam, evoluam cada dia mais.
As nossas relações sempre foram uma das mais diferentes. Sabemos o que é, mas não porque. De graça. E eu adoro isso. Adoro a liberdade que nos aprisiona. O não precisar contar o dia-a-dia, mas precisar contar o que explode. E só contar quando tiver vontade, sem ninguém se importar com isso. E perguntar numa segunda-feira qualquer "como vai?", querendo realmente saber como vai.
Não preciso saber o detalhe das últimas 24h de vocês... pra saber que eu gosto muito. Só achei que essa música (Little Red... escutem! é pra vocês), essa foto e as coisas misturadinhas aqui na minha alma merecia uns escritos bobos. Só pra ficar em vocês, de qualquer forma.

Beijinhos, cheios de sorte e de mim,
Fernanda.