segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pendências

Sabe aquilo que ficou mal resolvido e sempre volta com tudo quando você vê a pessoa? Pois é. Acontece sempre quando te vejo. Eu queria que fosse recíproco. Que você também quisesse isso só pra matar esse desejo de "e se". Eu não sei conviver com vontades.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"Meu amor, se você for embora, sabe lá o que será de mim..."

Vitória da Conquista, 19 de outubro de 2011

Oi gata,

É engraçado quando te chamo assim e você olha como se lembrasse de alguém. Principalmente quando você se arruma caprichosamente para um encontro. Eu vou sentir uma falta absurda. Foram 10 anos. TPM juntas, noites vendo filmes de amor, companhia pra açaí, tristezas, alegrias, brincadeiras. Crescemos juntas e brincando de esconde-esconde, e ao mesmo tempo, com o maior cuidado e responsabilidade de você por mim, sendo que éramos quase iguais. Aprendemos juntas. Recebia broncas e ia te contar, toda tristonha e você também. Aí a gente sabia odiar e amar ao mesmo tempo, quase na mesma proporção. Eu não sei o que vai ser de mim sem você pra falar que tá difícil. Pra nós duas. Eu não sei o que vai ser de mim sem você, pra arrumar minha cama, assim de última hora, quando eu sempre saia correndo por algum motivo. Sem você pra fazer meu café de noites e noites insones. Não sei o que vai ser de mim sem meu braço direito, esquerdo e pernas. Meu coração. Minha desculpa, minha companhia, minha amiga, minha irmã. Não sei como agradecer até hoje quando eu chorei, chorei e você ficou lá comigo do meu lado. Não sei como agradecer quando pedi pra não contar pra minha mãe por EU ter te deixado doente (e não sei como me perdoar por isso) e você disse "desde quando eu te dedei aqui?". Eu sempre te tinha do meu lado e espero que tenha sabido mostrar como era recíproco. Apesar das brigas, apesar dos gostos totalmente diferente de músicas, apesar do trabalho que eu dava... eu não sei como agradecer, pedir perdão. Eu não sei como me lembrar de você apenas passando por minha vida. Você está em tantas lembranças. É claro que também lembrarei de você pra sempre. Viagens, Ibitira, você e seus casos, eu e meus casos, banho de mangueira, a outra casa, você me levando pra natação, você afogando na piscina (desculpa!), nossos sustos, você aparecendo grávida... Meu deus. Como dói dizer tchau pra você. Vou ter que aprender acordar sem te dizer "bom dia", vou ter que aprender estudar sem você me ajudar com os dramas e concordando como é difícil, vou ter que aprender viver sem sua música alta que eu reclamava. Fica, pode ter música alta. Vou ter que aprender viver sem seus chocolates, sem você vindo no meu quarto me contar do namorado e do amor e da vida e de Fernanda, sua filha. Não sei o que vai ser de mim sem você por perto pra me escutar e querer meu bem. Te esquecer, seria esquecer 10 anos de minha vida. É impossível isso. Você estará sempre comigo, Tica. Te pedir pra ficar seria de um absurdo egoísmo, porque eu sei o quanto você precisa ir, o quanto vai te fazer bem, o quanto esse ambiente tem te prejudicado. Então eu só te desejo o melhor, nessa vida. Muito amor, paciência, carinho, saúde, paz, tranquilidade. Que você seja feliz, e muito! Porque eu sei um pouquinho do quanto você sofreu e um pouquinho do quanto merece ser. Eu te adoro, tanto, tanto! E desculpa, não tenho mais força pra continuar escrevendo, apesar de você merecer e eu ainda ter muito o que falar. Mas eu sei que você guarda na lembrança tanto quanto eu. Vai ser mais difícil sem você. Mas a gente vai vivendo como pode... Se cuida! Já tô encharcada de saudade. E por nós não gostarmos de despedida, deixo debaixo da porta, com toda minha fé e vontade de que você viva bem.

Um beijo,
da pirracenta que mais gosta de você nessa vida,
Fernanda.

P.S.: Nunca doeu tanto escrever. E eu nunca tinha chorado tanto por alguém. Sinta-se privilegiada, porque só pode ser amor.
P.S2.: Eu ainda te quero comigo, cuidando dos meus filho... quem sabe seja com a pessoa que você disse na carta, hahaha. Mas eu não vou ficar triste se você for morar com Júlia, eu sei que você gosta mais dela, haha... eu te ligo, um dia e sinto muita falta, hoje e sempre. Construímos eternidade.

sábado, 15 de outubro de 2011

Tanto faz

Essa semana consertaram o ar-condicionado da sala. Conflito. Hoje brigaram (ou brigamos?) todos sobre ligar ou desligá-lo. Sou uma das chatas que mete o dedo no "turn off" na hora do intervalo pra ninguém me gritar. Tempo bonito, passarinhos cantando, sol leve e metade da sala querendo frio e escuro.
Eu não gosto do ar ligado sem necessidade e defenderei isso até a morte. Um bando de idiotas encapotados falando palavrões por fazerem os outros sentirem frio me irrita profundamente. Gente, além do lindo tempo, ar condicionado engorda.Você gasta menos calorias porque não aumenta a temperatura corporal... Pff. Inútil. Palavrões e meninos gritantes sempre ganham.
Chamaram a coordenadora e votação. 15 queriam ligado e 16 desligado. Ganhamos. As provocações continuaram com palavrões e até "mulheres não deviam votar". Fácil ignorar. Mas quer saber o que mais me irritou? Os 8 ou 10 que ficaram sem votar. Os "tanto faz". Um vai ter que ganhar, então por que diabos não levanta a mão pra um lado? Se não for por você, pelo outro.
Por mais que seja uma votação "inútil", são nessas pequenas coisas que se vê a sociedade. Quem é "tanto faz" sobre um mísero ar na sala de aula, imagina o que será sobre política? São essas pessoas que pagam R$3,50 por uma multa porque tanto faz quem ganha ou perde (porque vai continuar a mesma porcaria pra ela), tanto faz morango ou chocolate, tanto faz o aborto, tanto faz a legalização da maconha, tanto faz escolher.
Pra mim, não. Não tanto faz. Escolha um lado consciente de suas causas e consequências. Escolha x ou y. Mas escolha. Se não por você, pelo outro, porque nem sempre algo vai nos beneficiar ou prejudicar, mesmo. Não fique no meio porque isso faz de você ou pessoa mais ou menos. Pra mim, pessoas mais ou menos são piores que pessoas menos. Apenas escolha. Escolha alguém. Escolha algo. E lute por isso até ser a maioria, quando envolver terceiros. Ou até ser absoluto, quando for só você. Porque quando os bons se calam, os péssimos ganham. E ser bom vai muito além de não fazer o mal. Comece levantando a mão pra um lado.

Win

Saudade do gosto de vinho... aquele barato, que você experimentava e cuspia em minha boca... e eu fingia que não gostava só pra você não saber que éramos iguais. E olha como a vida costuma ser engraçada... quando eu falei de relacionamento aberto, você quis um fechado comigo. Sem terceiros. E cantamos, dançamos, sentimos. Hoje, senti saudade do gosto de vinho...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

"Se for preciso eu sumo..."

Choveu. Chovi. Parece que o tempo entrou de acordo com meu estado hoje, pra tudo ser perfeitamente lindo. Andei pela rua daquele jeito de quem dá passos morrendo de vontade de voltar correndo a qualquer hora, sabe? Do jeito que quanto mais se aproxima, mais o coração aperta e os pensamentos bagunçam. Do jeito desgraçado de amor pelo outro. Jeito sem orgulho. Jeito desengonçado. Jeito que não quer ir, apesar da curiosidade. Meu celular também não ajudou... colocou logo Ana Carolina nos meus ouvidos, assim, sem nem pedir licença pro sofrimento. E eu chovi com chuva. Esperar. Esperando. Sei lá, eu não sei mais o sentindo disso. Palavras continuam ficando mais que tatuagem. Doendo também. Difíceis de desfazer. Não sei. Aliás, só eu sei. Só eu sei o quanto agonio, o quanto fico nervosa, angustiada, diferente de mim, longe de mim, engraçada, estranha, agoniada de novo. Gente que me intimida e exige alguma atitude de mim são as que mais me afastam. E por injustiça do destino, as que mais me amam. Continuei andando, observando os pingos caindo no meu braço. De repente, não adiantou nada... Sorri aliviada, pensando unicamente em mim, dessa vez. Quantas vezes nos esforçamos pra nada? Quantas vezes dói sem nenhum reconhecimento? Quantas vezes fazemos calada com vontade de gritar pro mundo? Quantas vezes nos renunciamos e dizemos "não" morrendo de vontade de "sim"? Quantas vezes vale a pena? Foi por você que eu quis hoje... mas foi pensando em mim, no seu lugar. Eu sei o que é estar aí. Acho que é uma das poucas vezes que entendo tanto... a única diferença é que eu sempre fui um pouco mais controlada. Talvez eu precise aprender perder o controle, ainda. Guiar minhas pernas pra algo que a alma não quer é o mais difícil.

domingo, 9 de outubro de 2011

Tripudiável vazionazol de amorcaína

É sério, eu lutei contra meu próprio falso anti-senso comum mas todos os meus tapas na cara só demonstram a veracidade das palavras de Bukowski: "Amor é uma espécie de preconceito". A gente ama o que é preciso, o que nos faz bem, o que é conveniente. Eu vou um pouco mais longe. Além disso tudo, amor é reciprocidade. Amo minha família, meus amigos, meus estudos. Agora, quero meu amor romântico.


Daqui: http://pequenosafetos.blogspot.com/2008/08/tripudivel-vazionazol-de-amorcana.html

sábado, 8 de outubro de 2011

"Me dê a mão, vamos sair, pra ver o Sol..."


Hoje sentei na varanda pra ver o Sol. Comigo, sentaram-se um bando de passarinhos no fio do poste. Corri pra pegar a máquina, mas só deu tempo de pegar esse urubu, aí. Eu tive tanta inveja dos passarinhos hoje. Sentar no meio fio pra ver o sol se pôr, olha que coisa linda. Eu não sei qual explicação os cientistas dão pra eles saírem juntinhos 17:30, mas eu acredito que foi pra ver o Sol, que hoje pedia tanto companhia e silêncio. Como eles bem fizeram. Quando voltei, não estavam mais. Assim como eu. Sempre saindo assim que acaba o espetáculo. Pra refletir sozinha. Voando em bando, mas refletindo só. A semana acabou lindamente bem. Com tudo voltando pros eixos, se encaixando. Sol se pondo. Passarinhos voando. Eu pensando. E não é que tudo que parece uma confusão imensa assim, de repente, volta pro lugar? O Sol nunca vai deixar de se pôr porque eu quero. Só sei agradecer por isso. E o mais bonito de tudo, sabe o que é? É que o nosso Sol ainda é o mesmo. E ah se eu fosse passarinho... 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Vazio

O pior é minha consciência disso: não é atração física (já que quase nunca estamos fisicamente juntos), não é prazer aos momentos que passamos juntos (não temos tanto assim para ser isso), não é amizade (apesar de ser mais), não é história, química, física (no máximo arte ou filosofia, mas essas matérias sempre foram desvalorizadas)... é nada. Nunca seremos nada.