segunda-feira, 31 de maio de 2010

Bomba de hidrogênio

Só não gosto que me olhem
E eu enjoo das pessoas
Então, não encoste
Não agora, não hoje
Talvez sempre

domingo, 30 de maio de 2010

A arte de desconfiar

Confio nas pessoas. De verdade. Confio em sentimentos e palavras. Vez ou outra tenho malícia. Porque eu sei que é preciso ter malícia sempre. Sei que todo mundo mente. Mas gostei muito de quando uma amiga me disse "Quem acredita não é idiota. Idiota é quem mente.". Sei que posso ser odiada, mas Caio me lembrou do lado negro das pessoas. E cá estou eu... desconfiada. Desconfiar é uma palavra muito feia.
Tudo bem. É possível alguém provocar outra pessoa sem querer nada em troca? Talvez exista mesmo pessoas autodestrutivas que não se importam com a reputação e todas essas baboseiras da sociedade. Eu sei, é difícil de acreditar... mas existe a possibilidade de fazer isso pra ver até que ponto consegue ser provocadora. E passar do maior limite das provocações. É.
Minha pergunta é só até onde vai a verdade.

Hoje é aniversário de meu pai

Não é por isso que vou, mas encontrei um ponto positivo das festinhas: sempre escrevo. Porque o papo pode até ser o mesmo, mas o jeito de mexer no cabelo nunca é. E eu preciso escrever o jeito de mexer no cabelo ou dançar desajeitado de alguém que nunca escrevi e que por algum motivo chamou minha atenção.
Quero guardar, ainda, algumas lembranças nas palavras. Gosto de ver as coisas. Não consigo acreditar muito sem ver. Os segredos eu deixo pra alguma parte do corpo minúscula esconder.
Acho engraçado.

domingo, 23 de maio de 2010

Um abraço pra teimosia

Que eu me deteste por isso que vou escrever, mas lá vai.

Sabe que eu tinha esquecido dessa possibilidade. De podermos ser. Sério, achei importante me lembrar. Diferente, bonito, estranho. E não é nada ruim. Sempre gostei de coisas estranhas. Ainda está tudo bagunçado aqui, só preciso dizer que acho muito bonito quando dedinhos mindinhos guardam segredos. Promessas de um futuro. Talvez.

Tenha paciência comigo

Só preciso desembaraçar os sentimentos. Quebrar os preconceitos. Meus.

Eu sei que você torcia para que o beijo significasse um início, mas é o fim. Nosso adeus. Bem patético, como você sempre quis.

Sim. Não.

terça-feira, 18 de maio de 2010

43 minutos de pausa

Não tenho mais tempo nem de sentar no vaso sanitário e demorar um pouco mais lendo a revista que achei em cima da mesa, e fui correndo ao banheiro. (Porque nunca vou deixar de me acostumar de adiar tudo que for possível. Inclusive necessidades fisiológicas.) (E nunca vou deixar de falar nunca e pra sempre. São só duas grandezas um pouco grandes, que eu não sei explicar direito o meu tempo.) Agora, minha única companheira é minha pequena yorkshire, que me olha correndo e sai atrás de mim, e aí fica lá me vendo como se eu estivesse comendo. Ou lendo.
Falando em comer, quero mesmo é os tempos em que levava uma lancheirinha pra escola... com suco e salgadinho/bolacha de sal/bolo. Saudade da época em que pudia lanchar tranquilamente, pensando apenas na próxima brincadeira.
Mas não sei... isso de "eu era feliz e não sabia" nunca me soou bem. Talvez porque eu nunca tenha sido feliz de fato. Tive momentos felizes, lógico... mas nada que durasse um mês, imagino. E isso de "você é criança e tá reclamando de quê?" sempre foi ridículo, pra mim. Cada criança tem suas responsabilidades de criança e assim por diante. E fim de papo.
Tenho escutado, lido tantas coisas sobre tempo. Eu sempre gostei de fato de aproveitar o meu. E digo, estudando, trabalhando, qualquer coisa útil assim. É que sinto um vazio insuportável e uma inutilidade incrível de fazer algo que não devia estar fazendo. (Tipo isso). Só que às vezes é preciso. E impossível não fazer, também.
Só queria deixar claro que não me ocupo tanto por não ter que me suportar por algumas horas. Me suporto. É meio difícil de vez em quando, mas no geral, gosto de mim. É só que não tenho escolha, mesmo... e aquele velho clichê de que ainda somos como nossos pais. Ou melhor, dos nossos pais.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Soul

Acho que sou um vaso sem flor. Preciso decorar minha alma. Pintar algumas coisas de se sentir. Do lado de dentro.

Sem açúcar. Canela.

Decidi o que quero. Não sei se é possível de acreditar em todos os meus sonhos. Quero mudar de cidade, cortar o cabelo, e ir pra um lugar que ninguém me conheça. Quero muitas coisas. Todas difíceis, eu acho.
E eu não estou bem. É decepção comiga mesma. Com tudo que faço, digo e sou. Essa é uma das piores partes da vida. Ficar triste com a única pessoa que tenho: eu. O bom é que recupero rápido, de tudo. E o péssimo, o péssimo é me aguentar e aguentar todo o resto. Já me basto. Já sei. Não precisa falar nada.
Sinto até um alívio em provar que estava certa, apesar de ser um certo bem desagradável. Mas eu estava, enquanto todo mundo me enchia de esperanças falsas. Aí depois não respeitam meu silêncio. Desrespeitar o silêncio é uma das piores coisas do mundo que alguém pode fazer.
As pessoas deviam se esforçar mais em me entender. Se eu estou triste? NÃO, claro que não. Estou super alegre, não está vendo minha gargalhada?
É deprimente fazer qualquer coisa nesse estado, porque as pessoas só se mostram felizes e fingem felizes o tempo inteiro. E aí você se sente pior que antes e passa a acreditar que o mundo é feliz demais pra você. E coloca um Oswaldo Montenegro pra acalmar o coração. Mas não adianta. Nada adianta. E adia, adia, adia. Antecipa dores, sofrimento. E sofre antes, durante e depois.
E hoje eu não queria ser olhada, não queria ser tocada, não queria que ninguém falasse comigo. Nem conseguir dormir, eu consegui! Onde já se viu eu não conseguir dormir por causa de uma besteira dessas?
Eu só queria uma bala. E podia até ser de melão, que é a pior de todas. Só precisava adoçar o corpo com alguma coisa. Da próxima vez, saiba, se eu pedir uma bala, não me recuse. Por favor. Quando peço uma bala, é porque preciso de uma bala.

domingo, 9 de maio de 2010

Oi Nana

Tenho medo de ser lida. Eis a grande verdade. Poucos podem me ler. Poucos vão entender. Sempre acho estranho quando alguém comenta sobre meus escritos... sobre isso. É como se comentasse sobre mim de uma forma muito mais artística e enfeitada. Me sinto lisonjeada sem necessidade. Um absurdo.
E me sinto tão mais querida quando é uma das pessoas que estão na minha lista de fodásticas. Aliás, só tem essa pessoa na minha lista de fodásticas. Eu sei, estou tão palavrão esses dias... não ligo mais. E palavrões é você. Você é toda excesso. Toda explosão. Toda bomba. E eu sou a chave. A senha. O pouco.
Seríamos (quase) antagônicas se não fóssemos extremamente sem noções. Apesar de não admitirmos. É sem noção pra mim, e sou sem noção pra você. Talvez sejamos, mesmo duas sem noções desentendidas dessa vida louca. Sem noção de tempo, inclusive. Porque depois da meia noite o relógio enlouquece numa velocidade totalmente uniformemente variada. E quase somos opostos. Se você não fosse tudo que eu sou de melhor aberta. Sinto inveja, até.
Descontamos todos nossos sentimentos em textos não enviados, mal escritos, de um blog abandonado, onde os únicos leitores deve ser nós mesmas (e vice-versa, apesar de não ter outro objeto pra ser o versa (?)). E no final, vamos pra uma festa onde não gosto de ninguém e você gosta de todos, falamos da vida, abraçamos o mundo e beijamos uma boca qualquer que não seja muito feinha. Somos patéticas. E você ainda é capaz de ficar extremamente tonta.
Defende quem gosta, grita pelo que acredita e conversa. Conversa, conversa. Conversas bobinhas, mesmo. Desde que não entre um "e aí?" no começo, o papo flui. Porque odiamos "e aí?". E aí o quê? Tantas coisas aqui. Aqui dentro... no coração, na alma, na mente, na célula, no átomo, na veia, na unha, no olho. Meu olho, consegue ver? Guarda tantas coisas. Mas você quer mesmo saber? Aqui, aqui. Não dá pra dizer agora. E você não quer saber, eu sei. E aí. E aí e ponto.
Somos all star. Sapato confortável e nem aí pras pessoas. Apesar de você ser mais nem aí que eu. Ela dança, eu mexo. Tiramos o sapato e dançamos a vida. Ela embebeda, eu bebo água. Mas guardamos um tanto de palavras e sentimentos iguais, expressados de formas diferentes. E aí vamos levando. De boca em boca. Fingindo qualquer coisa de vez em quando pra não perder a graça.
Que absurdo que somos, sua sem noção. E quer saber, acho que as pessoas sem noções são as melhores do mundo. Mesmo que "melhor" soe tão grande. É que gosto mesmo é de verdades cheias de estrelas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Fezes

Eu acredito (e quero continuar acreditando) que ninguém anda me acompanhando aqui, o que me faz querer mandar pra merda o mundo, sem me importar o que vão pensar.
O que quero dizer, é que quando estou na situação que os outros estavam, e que dizia coisas que pareciam fazer tanto sentido, meus conselhos, pra mim, não adiantam muito. Porque eu tenho uma p* de uma confiança. Confio em mim mais que em qualquer pessoa, o que me faz acreditar que conseguirei. O problema é: acreditar não me fará conseguir. O que quase contradiz, mas eu não sei explicar isso direito.
"A dor é o intervalo entre duas felicidades." E cá, estou, me ouvindo e me perguntando: e se, por um acaso, a dor demorar até quando for impossível? E se por um acaso, demorar até junho? Junho é o limite de minha dor. Se não, eu não suporto.
No fim das contas, faço tantas coisas que não gosto, que isso me consome tanto espaço no coração. É isso que é ruim. O pior de tudo. Aí eu guardo rancores. Coleciono amores. Mas fica tudo dentro, guardado, protegido.
Acho que ando precisando é explodir, qualquer dia, qualquer hora, pra qualquer pessoa. Por nada, por tudo. Pelo infinito, por tudo que não foi dito, por tudo que não foi dado, pelo que não foi terminado, pela menina na rua, pelo homem no senado.
Queria conseguir chorar pra sempre.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Silêncio

Para e escuta: desista de mim.
Você não é mais meu querubim.
Me perdoe ser chata assim.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A menina roubou meu lápis de zebra

Quanto mais gente, menos eu. Talvez eu me importe, de fato, com todos os comentários sobre mim. Comentários alheios, bobinhos, mentirosos. Mas nem sei porque falo isso... se no final, o mundo se cala pra eu ouvir meus pensamentos. Aí é quando minha alma pede por música no volume máximo. Mas meus tímpanos não aguentam. E ficamos brigando, diariamente.
E sabe quando você chega em casa, assim, querendo só comidinha e companhia? Acho que devemos não deixar de nos acostumar. Devemos achar que não é rotina. E talvez não seja, mesmo. Devemos fingir que não esperava e comemorar toda vez que não almoça sozinha, quando descobre que alguém ficou com fome por mais tempo pra te esperar.
Sobre nós, eu já sei. Não tem mais graça, porque esquecestes que o amor é passageiro? E mais que a vida. Como foi capaz de esquecer uma frase tão importante dessa? Então, me retiro de sua vida, já que você se recusa. Com todo amor, carinho e prazer. É ser boa demais. (Sou tão modesta). As coisas são tão diferentes. De valor, entende? E não tem nada a ver colocar isso aqui, agora, nesse texto... mas eu preciso: nunca vou me acostumar a dizer te amo. Nem ouvir.
Só quero pedir uma coisa. Me leve café na cama amanhã.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Tristonho é uma palavra bonita

"Não adianta continuar sem saber o porque que você está continuando", partiu meu coração. Verdades dói, mesmo. Na verdade, acho que estou mais frágil que sempre, e mais coisas estão partindo meu coração. Mas tudo bem. Acontece que eu fui embora sem perguntar: como descobrir o que quero? E agora, você me deixa aqui com meus botões toda atrapalhada. Quero saber o que quero. E mais, quero tanto, tanto, querer algo e lutar por isso. Quero tanto que chega a ser triste. Pensamento, conduz ao sentimento, que conduz à ação, que tem um resultado. Parece até musiquinha falando assim rápido. Pensarei nisso antes de dormir. É só que eu costumo detestar essas semanas, e eu passo a não gostar tanto de mim. Mas depois eu me reconquisto, me machuco, me amo, me odeio, volto, perdoou. Sou ótima em perdoar. Mas ainda guardo um tanto de rancor no coração, apesar de tudo. Então, acho que mereço um castigo dos grandes. Eu ainda não sei o que quero, mas sei muito bem o que mereço. E sinceramente, ultimamente, não tenho merecido muito.

Eu gosto de gente que muda de caminho,
de vez em quando.
Que muda a rotina e não passa,
pelos mesmos cantos.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Bloquinho de nota

Eu só não gosto de você,
porque você toma meu amor.
E o amor por mim mesma,
é quase tudo que tenho.
E essa é a única justificativa plausível.
Eu sei, rídicula.