quarta-feira, 20 de abril de 2011

Eu entre aspas

- Você não me ama mais, é isso?
- Tá vendo? Esse é o problema com o amor, ou ele vira cobrança e ninguém tem mais paz, ou então ele vira rotina e as pessoas morrem de tédio.
- Se você quer amar alguém por muito tempo tem que aprender a gostar da rotina.
- "O casamento é o túmulo do amor. Foi inventado para os seres humanos medianos, que não são aptos nem para o grande amor, nem para a grande amizade, portanto para a maioria". Nietzsche.
- Você não quer casar porque é um ser superior, é isso?
- Não, eu não quero casar porque casamento é chato. Porque casamento é uma coisa, amor é outra. As pessoas se casam por amor e depois terminam se estapeando por causa de uma infiltração na cozinha.
- Eu não posso acreditar que você não vai mais me namorar por causa disso. Por causa de uma frase do Nietzsche e uma infiltração na cozinha.
- Eu prefiro a aventura à rotina.
- Eu prefiro os dois. Criar um filho, por exemplo, é aventura e é rotina ao mesmo tempo.
- Eu não quero ter filhos, quero fazer teatro. "Ou filhos ou livros". Nietzsche de novo.
- Pois eu quero casar, ter filhos e fazer teatro.

(De algum filme que eu não sei o nome...)


quarta-feira, 13 de abril de 2011

À vocês

...que já foram/são dono dos meus beijos... ou desejo deles.

(Datas me comovem. Fato. Por mais capitalistas que sejam. E beijos me comovem muito mais. Acho lindo como podem expressar várias coisas e causar várias sensações. A foto mais bonita de todas que eu achei foi a do bebezinho aí com o (suposto) pai. E eu até queria escrever de vários beijos, nas testa, no olho etc... mas como sempre, eu vou pro lado mais romântico, mais casal, mais brega possível. Me desculpo.)

Antes... diálogos de hoje:
Fernanda: Tcharan, hoje é dia do beijo! =)
Larissa: Sério? Uhhhh...
Guilherme: Vem cá, então! *abraça e beija as duas* Podem usufruir de mim hoje.
*Fernanda e Larissa dão beijinhos na bochecha ao mesmo tempo*

Fernanda: Feliz dia do beijo!
Monique: Haha. E aí, como vai comemorar o dia?
Fernanda: Não tenho quem beijar de verdade...
Monique: Liga pra ele!!
Fernanda: Ele nem beija tão bem...
Monique: Ahhhh, só prática. Haha.
Fernanda: Preguiça de ficar bom.
Monique: Então beija a maçã.
Fernanda: Quê?
Monique: Beija uma maçã, ué! Haha.
Fernanda: Você faz isso???
Monique: Não, mas morde um pedaço (finque que é uma boca) e beija.
Fernanda: HAHAHA. Ok.

*Alexandre fecha os olhos e beija*: Muah! Feliz dia.

SMS: Tô mandando um beijo pela linha do coração. Recebe aí. ;***
SMS: Recebido. =)

Fernanda: Lembrei de você, hoje, por algum motivo desconhecido. Mentira, porque é dia do beijo.
C: Gente, e o que isso tem a ver comigo?
Fernanda: Alguma coisa.
C: Pode ser mais clara?
Fernanda: Não.
C: Seja mais precisa.
Fernanda: Não.
C: Chata.

Bianca: Qual seria sua reação se alguém te parasse na rua e pedisse um beijo?
Fernanda: Depende, né... hahah. De muitas coisas. A rua e a pessoa, principalmente.
Bianca: Sei... do tipo se fosse uma pessoa do *País das Maravilhas?*
Fernanda: Sim, do tipo se fosse uma pessoa do *País das Maravilhas*.
(*modificado, rs)

T: Um beijo!
Fernanda: Obrigada.
T: E eu não ganho não?
Fernanda: Não por aqui...
T: Linda.

Monique: Sua beijoqueira...
Fernanda: Eu não. Na verdade, acho que prefiro mordida.
Monique: Hahaha, eu também.
Fernanda: Será que existe dia da mordida? Vamos inventar.
Monique: Vamos!
Fernanda: A data será entre nossos aniversários...
Monique: Faço em Setembro e você Agosto e agora?
Fernanda: Aiii...
Monique: Primeiro de setembro, então!
Fernanda: Certo. Dia Oficial da Mordida.

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(Texto sobre alguns que me beijaram, outros que quiseram me beijar e alguns que quis...)

Me beijou na bochecha direita segurando minhas mãos. Todo bonito. Alto, loiro, magro e meu. Você foi meu primeiro medo, minha espera no portão e ansiedade. Selamos amor e agora somos amizades. Continuamos lindos.
Depois, veio mais homem. Eu tão menina e você assim... me beijou como se o mundo fosse acabar e foi a primeira vez que eu achei que o mundo ia mesmo acabar. Você foi tantos depoimentos para amigas, tanta brincadeira e corações ansiosos. Foi torcida pulsante. E às vezes ainda é.
Teve uma vez que virou perigoso. Beijou meus olhos com veneno e me deixou cega. Hoje tenho consciência do quão horrível foi. Você foi tantas pernas tremendo, minhas desculpas esfarrapadas, meu conhecimento abusado. Quando quis, não me quis e vice-versa. Hoje você é ocupado.
De repente, aparecestes todo fofo. Tímido, tocando violão. Foi paixão à primeira vista, risadas e cartinhas. Compatilhamos música. De tão puro, esse só beijou meu coração. E vive beijando...
Uma vez, você surgiu por carta dizendo "Please, leave your taste on my tongue". Foi o mais estranho. Novidade, surpresa e interrogações. Dúvida. No fim, viramos abraço demorado.
Por internet você beijou minhas palavras e nos quisemos tanto. Você foi ilusão, conversas infinitas, vida escrita, planos de encontro. Hoje, é carinho gasoso.
Teve outro que foi decepção. Batemos os dentes e as almas. Esse foi chato e nem sei porque tá aqui. Dizem pra não cuspir no prato que comeu, mas uns só vomitando...
Aí você veio insistente e carente. Você me cobrava demais e (in)felizmente eu não fui o que você pensou que eu era. Nos beijamos e fim. Acontece.
O mais bonito de vocês, no fim ainda é o meu predileto (e o mais triste também). Você demais e eu de menos. Ambos exageros. Uma relação que nos machuca e entristece. E ainda assim, continuamos nem pra lá nem pra cá. Deve ser isso que chamam de amor... que por sinal, ainda nem disse pra você. Nos beijamos em sonhos.
Quando tudo parecia mais azedo, apareceu você e beijo com gosto de brigadeiro. Veio com arrepio e muitas pirraças. Viramos reticências.
Ultrapassando os limites da língua, inventei palavras pra esse você e "agarrar" virou sinônimo de "I like you". Foi faz de conta, noites bonitas e interpretação do jeito que bem entendíamos (e queríamos).
Por último, você tímido brincando com minha doçura, que esconde tanta coisa. Você é pintado de esperança verdinha. Mas menino, eu sou é liberdade...

P.S.: Talvez eu precise de volta de alguns beijos, um dia desses... aceito devoluções.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Capítulo 0


Começamos do fim. Éramos só dois carentes presos ao passado. Éramos música triste para entristecer mais. Éramos compartilhamento de fone de ouvido. Éramos tristezas mudas e carinhos tímidos. A gente era o carinho que queria. A gente era o querer, o quase, o mais nunca ou talvez. Esperança e liberdade de mãos dadas. A gente era possibilidade, era tapa-buraco do bem. Merthiolate que não arde. A gente era compartilhamento de casaco. Era querer aquecer - de novo - o coração. A gente dividia as mesmas coisas e era bom dividir. Éramos olhar perdido, mãos perdidas, almas soltas. A gente era gostinho de quero mais. A gente era tão silêncio. Você, cravo morto e eu rosa despetalada. Até que viramos verdade juntos. Decidimos esquecer juntos. Crescer doando o ombro carregado de mundo. E é lindo sermos sem julgamento, respeitando cada batida do coração desconhecida. Estamos, além de conquistando um ao outro, nos conquistando. Agora somos os segundos eternos que antecedem o beijo. Doando pedacinhos para regenerar partes que talvez alguém tenha arrancado. É tão bonito. Nós somos nossa própria torcida. E eu sou puramente "obrigada".

sexta-feira, 1 de abril de 2011

De vez em quando é primeiro de abril

As brincadeiras de quebrar as partes do corpo perderam a graça. Não tenho mais criativida pra isso. Até minha ingenualidade desapareceu, e eu não cai em nada, mesmo com poucas tentativas. Maria falou que engravidou, Ana saiu de casa, Telma pintou o cabelo, e Fulano morreu. Engraçado.
E eu, aqui, ainda querendo escrever pra você.
Que de vez em quando eu ainda penso. Que de vez em quando eu ainda quero. Que de vez em quando eu odeio. Que de vez em quando tenho ciúmes. Que de vez em quando eu enlouqueço. Que de vez em quando eu sonho. Que de vez em quando eu assisto, durmo e acordo com você. Que de vez em quando eu lembro. Escrevo, de vez em quando. Que de vez em quando eu olho pro céu. Que de vez em quando eu me olho, pensando. Que de vez em quando eu abro a janela do MSN e deixo lá. Que de vez em quando dá vontade de chorar. Que de vez em quando não é muito de vez em quando. Que de vez em quando grito. Que de vez em quando quero todo bem. Que de vez em quando eu escuto. Que de vez em quando quero dançar forró com você. Que de vez em quando eu visito. Que de vez em quando eu sorrio. Que de vez em quando amo o passado. Que de vez em quando quero futuro. Que de vez em quando quase acredito. Que de vez em quando dói. Que de vez em quando, eu queria muito que fosse primeiro de abril, só pra te dizer umas verdades disfarçadas.
De vez em quando, queria que fosse mentira.