domingo, 28 de agosto de 2011

Breathe


"2 am and I'm still awake, writing a song
If I get it all down on paper
It's no longer inside of me, threatening the life it belongs to
And I feel like I'm naked in front of the crowd
Cause these words are my diary, screaming and loud
And I know that you'll use them, however you want to"

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Parabéns, eu!

Parabéns pra mim por 17 anos e um dia de existência, não por ter essa idade, mas por ter feito o meu máximo pra ser feliz. Acho que estamos todos em busca dessa tal felicidade. Deve ser uma das poucas coisas que nos faz continuar vivos. Esperança, também. E o que eu desejo pra mim, a partir de ontem, não é especificamente juízo, saúde, homens, dinheiro, beijos, sorte. O que eu quero é persistência. Persistir nos meus sonhos, nos meus desejos, nas minhas pessoas, na minha vontade de viver, no meu querer de ser livre. Persistir nas minhas prioridades. Vou persistir no amor, também. Pena que o meu não mora em você.

Dos meus presentes... "que você viva o quanto quiser e nunca se canse de querer". Eu ia escrever tanto sobre isso, tanto, tanto... mas não sei. Escrever quando der vontade seria uma boa ideia. Não importa onde, quando, com quem... escreva, Fernanda, escreva. Pra não se perder quando alguém te perde. 

Tá desorganizado, isso que dá.

sábado, 20 de agosto de 2011

Traição

Parei. Os cabelos bagunçados e a barba mal feita me fizeram parar. Além da blusa branca. Troquei uns olhares, mas fui confundida. Não, não. Tá, tudo bem. Não faz mal, não mata. Só morde. Mas quem não gosta de uma mordida? Já era. E quando olho pro lado: ela. Nós duas beijamos ao mesmo tempo. Naquela música. Quanta ironia pra uma só hora. Ela com o menino que me fez parar. Eu com o que me parou a dança. E Jota Quest gritando a música que pedia lembranças. Tive o impulso de procurar um celular, mas o que me parou não deixou. Dane-se. Então continuamos, assim nessa poesia torta sem fim...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sobre meus destaques...

Tenho aprendido a destacar o que merece destaque. O negrito uso para os trocos que minha mãe deixa comigo, os sorrisos que saio catando na rua, as ligações inesperadas que sempre vem como um sopro, as conversas fora de hora, os arrepios provocados quando alguém encosta um pouco mais perto, os segredos, quando vejo alguém bonito que não sei se me sinto alegre ou com inveja, um beijo na bochecha, um céu colorido, as apresentações de ballet no asilo. 
Sublinho os elogios e críticas. Não coloco em negrito pra não engrandecer. Nem em itálico pra não diminuir. Mas sublinho, porque é bom quando alguém reconhece algo. E é bom se enxergar pelos outros. E quando te enxergam de uma forma que você não é, e a fonte é confiável, é bom sublinhar pra rever como os outros te veem. Sublinho pra mudar, deixar, ver, chorar, rir. É uma forma de dar atenção à mim e aos que se importam (mesmo que negativamente). Também sublinho o que preciso reler. Ou o que precisa ficar. 
O itálico é meu preferido. Usado em ocasiões especiais e raras. Enfeito de itálico tudo que me estremece um pouco além do normal, tudo que faz meus batimentos cardíacos serem mais rápidos, tudo que deixa meus ductos lacrimais orgulhosos despencar. Tudo que eu escrevo e deixo na gaveta é em itálico. Minha letra não é o itálico que eu gostaria e não puxei de minha mãe, mas eu faço as situações serem. Itálico são as letras todas juntinhas, todas deitadinhas umas nas outras, deitando carinhosamente na próxima... além disso, parecem querer final, parecem estar sempre a frente do que realmente estão. Eu faço parte da grande parte que acha que o amor é urgente. Itálico parece querer chegar logo. É em itálico que eu me permito. É do itálico que sinto mais saudade. É em itálico que me apaixono. E choro... 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Deixa...

Não sei definir o quanto odeio essa semana. Sempre escrevo mais. Choro mais, quero mais, canso mais e faço mais. "Esperar a inspiração, o momento perfeito, a ocasião perfeita, o insight ou o que quer que seja tem me feito não conseguir fazer mais nada." Não tem nada a ver essa frase aqui no meio, eu sei. Eu odeio ser assim. E o pior que só lembro quando já sou. Dói. Eu, que gosto das coisas tão organizadas aos meus olhos, não sei organizar aqui dentro. Depois de 16 anos, ainda não sei medir o quanto fico cada vez pior quando deixo as coisas pra última hora. Sei lá. Tô retada comigo... por não ter capacidade pra fazer mais isso, por uma coisa que eu própria causei. Agora fico me exigindo, querendo o mesmo resultado, sabendo que é impossível. Talvez eu tenha descoberto meio tarde que não tem isso de momento perfeito, inspiração blablablá. É preciso inventar. E é preciso criar coragem, força, persistência, fé, energia - muita energia! -... pedir pra papai do céu ou qualquer ser que dê isso sem jogar uma piada por cima. É preciso amor. O que eu tenho feito comigo? Com os meus sonhos, dependentes unicamente de mim. Os meus desejos, os meus propósitos, a minha vida. Sempre mais pra lá do que pra cá. Aonde vamos parar? Já mudei. Cuidar do meu jardim... 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Papel de parede

Enjoei da minha foto no papel de parede do meu celular... eu, sentada na poltrona da livraria lendo, com um dos meus vestidos prediletos. Não lembro qual era o livro, mas achei tão minha cara a foto que ficou por um bom tempo lá. Tem gente que não vê sentido em usar a própria foto no celular, mas acho que adquiri um ótimo amor próprio. Então, acontece que hoje acordei com vontade de mudar. (Mentira, eu não acordo com vontade de nada, só de dormir mais... mas durante o dia bateu o desespero de trocar.). Eu não gosto da câmera do meu celular, e quase fui pega de surpresa pela péssima foto que encontrei no surto de *preciso mudar de foto*. Eu lembro dele tirando, e eu sei o quanto é ruim a câmera do meu celular... em relação à foto mesmo, e em tirar foto. A foto tava torta, com pedaços e engraçada. Não demorei pra salvar. E aí eu senti saudade. Me perdoe pelos "saudades" sempre ditos por você primeiro. Mas só foi hoje mesmo que eu quis escrever e dizer que foi lindo, que fez falta, que deixou foto e música. O celular me obrigou a cortar a foto pra caber. Eu achei um absurdo, tentei de todos os ângulos cortar a foto já cortada e eis o que sobrou: meu pé, seu braço e entre isso papeis e música. Nessas horas que eu entendo que "uma imagem vale mais que mil palavras". Era pedaços da gente num pedacinho de tela. Foto feia, poesia bonita. Era meu pé gelado pedindo suas mãos quentes, seu braço... Foi meu pé o primeiro passo, foi quando quis ir pra trás e você me puxou. Foi quanto te abracei de longe e você não hesitou no abraço demorado entre meu pescoço. Meu pé dançando e suas mãos pra cima. Foi isso que ficou. Foi aquela foto. Meu pé frio... Suas mãos quentes... Minha dança e sua música. E entre a gente papeis... papeis onde a gente coloca o que toca. Nós, que nos tocamos tanto! Nossa letra. Composições, declarações e chuva. Guardo como se fosse sempre. E ah, você é um péssimo fotógrafo!

domingo, 7 de agosto de 2011

...e eu, o que faço com esses números?...

365 dias, 8760 horas e cerca de 525600 minutos... e eu estava entrando na festa que eu mal sabia o que me esperava. Eu, que nem gosto de datas e números, fiz questão de saber essa e agora me vejo perdida com tantos algarismos. Eu, que adoro matemática e coisas exatas, não sei o que fazer com esses. Pensei em doar, jogar fora, guardar numa caixinha, deixar multiplicar, diminuir, juntar, saber se pareceu menos ou mais, querer que tivessem sido completos todos ou ficar agradecida pelas reticências... mas não sei mexer em números que não dependem só de mim. De qualquer forma, acho que bagunçamos eles bonitinhos e se fizeram pequenos em alguns momentos. Nunca importa quanto tempo passou longe, pra mim sempre parece que nos vemos ontem. Lembra que disse que odeio aniversários? Mas é uma contradição me importar com datas que considero importantes. E você sabe, o que é importante me toca, e o que toca é escrito. Então, cá estou... pra dizer que tem um ano que você sorriu com a mesma cara de cachorro sem dono e safado e disse meio sorrindo "gosto de brigadeiro". Lembro que quando tocava I Gotta Feeling eu disse pra gente ficar mais um pouquinho na boate e quando acabou levantamos e fomos pro sofá branco. É estranho te contar o que você também viveu, numa versão muito mais feminina e dramática, aposto. Mas é minha versão. E quando eu torno isso exposto pra você, é nossa. Eu só acho estranho como as coisas seriam se eu não tivesse ido. Nós dois de penetra. Mas eu fui. E foi lá o começo da gente. Foi lá a primeira vez que você olhou pro nada e foi misterioso e safado ao mesmo tempo. Foi lá que minha orelha foi mar, meu ouvido guardou sussurros e meu rosto foi vergonha diante tantas pessoas conhecidas. Foi há um ano que alguém decidiu passar a festa inteira comigo e eu gostei da sensação. Foi há um ano que escrevi um texto pensando em você e recebi o primeiro comentário pornográfico da minha vida blogosférica. (E é claro que eu morri de vergonha e apaguei). E eu fiquei com medo. Foi a primeira vez que eu fui na Lua, sem nem saber, ainda, que você era astronauta. Foi há um ano que foi lindo, que foi início, que foi assim... Parabéns pra mim que te aguentei tanto! Hahahah. E pra você, principalmente, que soube me fazer ficar tanto... eu, que sou de ir de tudo e todos. Você soube me contradizer. E desses números, deixo pra você, o que conquistamos juntos: liberdade, respeito, amizade, carinho, saudade e reticências... Espero que um dia a gente dê pra elas tudo que criamos e só o silêncio disse.