segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Como nossos pais

Agora tô aqui, deixando pra sofrer depois as duras palavras maternas. Acontece que eu só queria no mundo alguém pra me escutar falar sobre todo o mundo, sabe, mãe? E tem essas coisas de humano, cheio de limitações, que é um saco né... Eu sei, eu sei. Só que a gente podia pular certas fases chatas e monótonas. Ahhhh, acho que é isso. É, mãe? Ao invés de pular, eu parei. Ok, deixa eu me recuperar da descoberta. Agora me diz, bem baixinho, pra só eu ouvir: o que fazer? Não faço questão de ganhar na loteria, acho que você nem sabe, mas vou contar: são pequenas coisas que me deixam felizes. Pequenas mesmo... florzinhas, botõezinhos, sorrisinhos, visitinhas. E no fundo, acho a vida um clichê insuportável e as pessoas todas um pouco bobas. Não, gosto de algumas poucas, mas tô falando no geral sabe... E eu ando assim cansada, porque acho triste isso de levar a vida sambando, quando há tantas coisas tristes para serem sentidas, vividas. Você não acha? Juro, que queria ter mais energia, mas juro que não sei se isso vem de dentro de mim. Acho injusto você fazer isso, tentar lutar por algo que não muda. Coloquei isso na cabeça mesmo, e sei que você vai achar coisa de adolescente mimada, mas eu sou tão mais filha que outras filhas, e só você não vê. Ou talvez, seja mesmo a menos filha... será que é isso? Eu só gosto assim, do meu jeito mais íntimo do infinito particular, um tanto bem complicado e difícil de explicar.

Um comentário:

  1. uma das meninas é thamara :)
    mas poucas pessoas chamam ela de thamy.

    :*

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