segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Despetalando agosto

Tenho procurado textos que me traduzem. Sempre vou atrás de Caio Fernando, Tati Bernardi, Vinícius ou o Querido Diário. Todos lá, dizendo por mim. Mas eu deixei de acompanhá-los há um tempo. Deixei de gostar de algumas pessoas, também. 
Sei lá. Acho que não tô conseguindo mais me expressar direito. E me deu um desespero encontrar poucas frases soltas que dissessem por mim. Sinto que preciso falar qualquer coisa, mas não sei. Escrevo, apago, reescrevo, reapago, vivo, morro, ressuscito. 
Apesar de todas as frescuras, estou feliz. Sempre quero fazer por merecer quando estou feliz, o que acaba facilitando bastante minha vida. Mas hoje gripei. E se eu pelo menos pudesse viver minha dor de cabeça tranquilamente, seria até bom. 
Não consigo estudar. Acho que nunca vou conseguir fazer isso direito... quero ler meus livros, assistir meus seriados, dormir, amar, girar na grama e tomar banho de chuva. Meus desejos são maiores que eu. 
Sinto saudades, também. Do que foi e do que talvez não virá a ser. Tenho uma vontade, de vez em quando, de pegar todo mundo e prender no meu coração como prendedor de varal. Prender/dor. E eu ir lá quando quiser, e olhar todo mundo bem lindo, como obras de arte. Meus.
E falando em pronomes possessivos, estava pensando até em ser de alguém. Essa coisa que todo mundo fala. Eu adoro "te ter", ao contrário de Din. Acho bem bonito uma pessoa ser da outra. E ainda continuar sendo sua própria. 
Às vezes me contradigo, admito... e explico: sou insegura. Estou. Eu detesto essas incertezas... e continuo escrevendo cartas anônimas. Por pensamentos, algumas. E continuando perdendo pensamentos. E continuo... 
É só que semana de prova exige de mim tudo que eu não gosto de  fazer. E eu queria ter um motivo pra fazer. Besteira, deixa pra lá.

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