(...)
- Estou com saudades dele, é isso.
- Mas você não o viu esses dias?
- Estou com saudade de outras coisas, na verdade.
- Vocês, mulheres, sentem saudade muito fácil.
- Vocês não sentem?
- Não mesmo.
- Triste, não é? Nunca estamos sintonizados...
- É muito difícil isso.
- Em defesa, não temos culpa de sentir demais, falar demais... somos demais.
- Sim, vocês são demais.
- Esse "somos" foi do verbo ser, literalmente, não de me achar... vocês pouco são.
- Eu sei. E pra completar, complicadas demais. Esse é um fato.
- Complicadas? Quem está complicando é você.
- Vocês todas são diferentes, uma das outras... é difícil saber o que querem ou pensam.
- Mas se mostramos o que queremos, somos putas.
- Me mostre o que você quer.
- Eu já mostrei.
- Seja mais direta, por favor.
- Olha, a gente mostra não com todas as letras... mas com metade delas. Completa, agora.
- Às vezes.
- Quase sempre.
- Tudo bem... ser indecifrável é charmoso. Temos que nos esforçar.
- Vocês também precisam de um por cento do trabalho, né?
- Lá vem você...
- Parei.
- Você continua complicada.
- Mas eu sou tão fácil.
- Então o problema sou eu, mesmo.
(...)
- Ei, espera.
- O quê?
- É tipo um código, sabe? Desses que a gente escreve no diário pra mãe não descobrir... mas se descobrir o código, descobre tudo. Acho que é assim.
- Alguém já descobriu seu código?
- Não sei, não sei...
Não entendi nada!
ResponderExcluirO diálogo mais complicado! rs
Tô brincando, eu adorei a parte do código!
Faz sentido, acho que vocês são meio subliminares com entrelinhas estranhas isso sim! :D
Bjokas mocinha!