domingo, 3 de julho de 2011

Desabafo para Lopes

(De minha viagem à São Paulo, e horas na livraria Cultura, a coisa mais produtiva: comecei e terminei de ler Divã por lá mesmo. É um livro que gostaria muito de ter. E deu uma pena não poder riscar ele inteirinho pra reler minhas marcas, depois. Mas como li ele por lá mesmo, gastei o dinheiro com livros que não li ainda, obviamente. Só peguei emprestado o Lopes da Mercedes... mas quem quiser me emprestar ou dar o livro eu aceito, também. Tem até 25 de Agosto pra fazer as economias.)

O último mês foi difícil, Lopes... Deixei as obrigações de lado pras amadas férias. Quero dizer, se é que um recesso de 15 dias pode ser chamado de férias. Tive que fazer muitas renúncias e escolhas. Mais renúncias que escolhas, admito. Eu fiquei com medo das influências. Às vezes a vida exige tanto que cresçamos na marra. Puxa pelos cabelos e exige uma atitude nova sua. E você se cobra e cansa de quem te cobra, também. Talvez seja amor, Lopes... essa cobrança que eu tanto odeio. Talvez eu nem saiba amar. Talvez é só drama. Mas o que eu mais queria mesmo era liberdade pra ser quem eu quero. A gente sempre depende de fulano. Eu gosto de depender apenas quando escolhi depender. Essas dependências involuntárias me machucam. Recebi broncas por motivos que talvez nem concorde, ainda. Quis coisas. Adiei um tanto de tarefa e cavei um buraco de pensamentos. Sempre os pensamentos... poucas soluções, pra ser sincera, mas reconhecer os erros já é um começo. com saudade mesmo é de ser feliz, Lopes. De ficar feliz, tomar banho de chuva e escolher minha melhor roupa pra ficar dentro de casa. Eu cansei desse intervalo gigante entre duas felicidades e eu sei que ele só vai embora quando eu resolver isso. E eu quero pular, porque eu não sei. De verdade. E olha, eu pensei muito. O problema é que eu discordo de quase tudo, entendeu? Mas se tá doendo é porque tem alguma coisa errada. Então talvez eu deva concordar. Ai, Lopes... eu sempre falo, falo, falo e me convenço de que estou certa. Sou orgulhosa ao extremo. A gente não muda por ninguém, mesmo... só e unicamente por nós mesmos. Sei lá, tem um sol bonito, hoje é dia de feijoada e eu tinha até um tanto de motivos pra ficar feliz, mas acontece que não estou. Porque as coisas tristes sempre sobrepõem as boas. Infelizmente. machucada do lado de dentro. Dessas verdades que saem arrancando tudo, sabe? E nem tem a ver com meninos, dessa vez, acredita? Pois é, talvez eu esteja mesmo evoluindo. Claro que a gente lembra deles pra aumentar o drama, mas não é o principal motivo. É difícil, Lopes... acho que nunca mais vou rir igual.

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