Eu juro que não queria exigir tanto das pessoas. Ou esperar tanto das pessoas. Acho que esperar é mais correto. E na verdade, odeio esperar. Só queria ser mais tolerante quando no fundo sou sincera demais, (quase) amarga. Só acho que o mundo me desiludiu o bastante para acreditar em historinha de amor. Por mais que ame, muito e sempre. "Você não deixa as pessoas se aproximarem"...
Sabe o que é? Só tenho medo. De cativar e ser cativada. Acabei sendo convencida pelo Pequeno Príncipe, mesmo... Tá bom pra melhorar. Assim tem espaço pra todo mundo e muito pra mim. Eu não sei lidar com isso de paixão, amor, permissão, sem ser louca, e consequentemente, afastar o outro de mim. E doer, doer, doer. Não tô disposta. Quero estudar, que é dolorido, também, mas um pouco mais certo, e me divertir quando preciso. Menos uma cobrança.
("Não é gelo. Parece que você carrega um iceberg aí dentro". Engano. É mar. Gelado e azul... de vez em quando agitado e outras vezes muito calmo. É raro o convite para um banho, mas de vez em quando acontece. Limpo e conservado. Talvez ainda. É enorme, cabe muitos, mas tem poucos. O que acontece é que ele foge do controle quando alguém especial aparece. Maremotos. E haja coração.)
"Não sei o que aconteceu com você depois de Fulano" (...) "Tá bom, teve algo com M, B e V também, mas...". Não é culpa deles. Ou dele. Talvez dos livros ou filmes ou essa coisa que a gente carrega no coração, garganta ou mente. É difícil me apaixonar, mesmo... mas é só medo. Não quero colecionar mais frio na barriga, por agora. Não quero ser um peso. É só que acho muito difícil isso de relacionar. Pra isso o outro tem que tocar. Fundo. Em vários sentidos de "quê" e "onde", entende?
Eu queria ficar... mas ninguém convence e ninguém tem culpa. Queria de verdade que alguém fosse especial por mais de um mês... mas no vigésimo quinto dia a pessoa já acabou com o estoque de frases feitas bonitas. Ninguém completa meus diálogos melhor que minha imaginação. Ou passado. Ninguém conta o número de beijo por conversa, pra ser descontado depois. Ninguém mais usa cachecol. Ninguém é alto o suficiente, e nem falo (só) de centímetros. Ninguém tem bom gosto musical. Ninguém tem um sobrenome que combine com o nome do meu filho. Ninguém tem uma tatuagem que me deixe curiosa. Ninguém mais sabe sorrir, olhar e dar valor a isso. Eu sei que se eu não permitir vou ser o ninguém de várias pessoas. Mas... se esforça pra entender sozinha(o)? Explicar isso é muito dolorido, difícil, confuso e complicado.
Olha, quando aparecer, serei da pessoa, como fui de alguns poucos. Só acho que isso não vai mudar com um beijo ou uma conversa a mais. Ou é ou não é. Chances, chances. As pessoas tem que valorizar a primeira. Já me dei chances demais pra saber que não é por isso que vou mudar. Por enquanto. Amor é fácil... assim como eu. Pena que raro também. Facilitaria se alguém concordasse comigo.
Eu concordo, Nanda! E por mais que não pareça, te entendo também. Texto lindo. Coração lindo. Sentimentos sinceros...
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