terça-feira, 11 de outubro de 2011

"Se for preciso eu sumo..."

Choveu. Chovi. Parece que o tempo entrou de acordo com meu estado hoje, pra tudo ser perfeitamente lindo. Andei pela rua daquele jeito de quem dá passos morrendo de vontade de voltar correndo a qualquer hora, sabe? Do jeito que quanto mais se aproxima, mais o coração aperta e os pensamentos bagunçam. Do jeito desgraçado de amor pelo outro. Jeito sem orgulho. Jeito desengonçado. Jeito que não quer ir, apesar da curiosidade. Meu celular também não ajudou... colocou logo Ana Carolina nos meus ouvidos, assim, sem nem pedir licença pro sofrimento. E eu chovi com chuva. Esperar. Esperando. Sei lá, eu não sei mais o sentindo disso. Palavras continuam ficando mais que tatuagem. Doendo também. Difíceis de desfazer. Não sei. Aliás, só eu sei. Só eu sei o quanto agonio, o quanto fico nervosa, angustiada, diferente de mim, longe de mim, engraçada, estranha, agoniada de novo. Gente que me intimida e exige alguma atitude de mim são as que mais me afastam. E por injustiça do destino, as que mais me amam. Continuei andando, observando os pingos caindo no meu braço. De repente, não adiantou nada... Sorri aliviada, pensando unicamente em mim, dessa vez. Quantas vezes nos esforçamos pra nada? Quantas vezes dói sem nenhum reconhecimento? Quantas vezes fazemos calada com vontade de gritar pro mundo? Quantas vezes nos renunciamos e dizemos "não" morrendo de vontade de "sim"? Quantas vezes vale a pena? Foi por você que eu quis hoje... mas foi pensando em mim, no seu lugar. Eu sei o que é estar aí. Acho que é uma das poucas vezes que entendo tanto... a única diferença é que eu sempre fui um pouco mais controlada. Talvez eu precise aprender perder o controle, ainda. Guiar minhas pernas pra algo que a alma não quer é o mais difícil.

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