segunda-feira, 4 de junho de 2012

Vermelho

- O que me deixa mais feliz é o que mais te dói. Você não acha um tanto injusto?
- Pelo menos você tá feliz.
- Um dia você ainda vai estar só comigo... de alma.

Quanto mais eu conheço gente mais eu volto pra ele. Não vou usar "você" dessa vez. Não quero mais uma carta jogada na gaveta. É só uma historinha boba pra quem quiser ouvir. Não importa quem queira ouvir, eu quero contar. Sobre ele, não você. Eu me apaixono de vez em quando (de vez em quando mesmo), até descobrir que a pessoa é nerd demais ou romântica demais ou alternativa demais ou canalha demais pra mim. Não estou reclamando. Sempre amei nerds, românticos, alternativos e canalhas, mas só não me encaixo nisso. Não inteiramente. Não sei definir esse tanto de vida que carrego e o mundo vive pedindo definições. A gente tem que pertencer a alguma coisa, lugar ou crença. Apesar de ter sido feita de laços de muitas cores e tamanhos, sempre acho que meu grupo é feito de duas pessoas: eu e ele. Grupo sem nome porque não tem o que explica. É só aquele lugar que você gosta de quem você é. Lugar onde você fala besteira e tá tudo bem. Lugar onde alguém se parece um pouco com você e você não se importa de ser. Cansei dessa montanha russa de coração, misturada com viagens e provas e frio na barriga e responsabilidade. Só queria um lugar pra ficar quietinha, um lugar pra descansar o olhar totalmente a vontade. Ele sabe que quando fico em silêncio digo muito mais. Era isso: tinha muita coisa pra dizer.

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