domingo, 7 de agosto de 2011

...e eu, o que faço com esses números?...

365 dias, 8760 horas e cerca de 525600 minutos... e eu estava entrando na festa que eu mal sabia o que me esperava. Eu, que nem gosto de datas e números, fiz questão de saber essa e agora me vejo perdida com tantos algarismos. Eu, que adoro matemática e coisas exatas, não sei o que fazer com esses. Pensei em doar, jogar fora, guardar numa caixinha, deixar multiplicar, diminuir, juntar, saber se pareceu menos ou mais, querer que tivessem sido completos todos ou ficar agradecida pelas reticências... mas não sei mexer em números que não dependem só de mim. De qualquer forma, acho que bagunçamos eles bonitinhos e se fizeram pequenos em alguns momentos. Nunca importa quanto tempo passou longe, pra mim sempre parece que nos vemos ontem. Lembra que disse que odeio aniversários? Mas é uma contradição me importar com datas que considero importantes. E você sabe, o que é importante me toca, e o que toca é escrito. Então, cá estou... pra dizer que tem um ano que você sorriu com a mesma cara de cachorro sem dono e safado e disse meio sorrindo "gosto de brigadeiro". Lembro que quando tocava I Gotta Feeling eu disse pra gente ficar mais um pouquinho na boate e quando acabou levantamos e fomos pro sofá branco. É estranho te contar o que você também viveu, numa versão muito mais feminina e dramática, aposto. Mas é minha versão. E quando eu torno isso exposto pra você, é nossa. Eu só acho estranho como as coisas seriam se eu não tivesse ido. Nós dois de penetra. Mas eu fui. E foi lá o começo da gente. Foi lá a primeira vez que você olhou pro nada e foi misterioso e safado ao mesmo tempo. Foi lá que minha orelha foi mar, meu ouvido guardou sussurros e meu rosto foi vergonha diante tantas pessoas conhecidas. Foi há um ano que alguém decidiu passar a festa inteira comigo e eu gostei da sensação. Foi há um ano que escrevi um texto pensando em você e recebi o primeiro comentário pornográfico da minha vida blogosférica. (E é claro que eu morri de vergonha e apaguei). E eu fiquei com medo. Foi a primeira vez que eu fui na Lua, sem nem saber, ainda, que você era astronauta. Foi há um ano que foi lindo, que foi início, que foi assim... Parabéns pra mim que te aguentei tanto! Hahahah. E pra você, principalmente, que soube me fazer ficar tanto... eu, que sou de ir de tudo e todos. Você soube me contradizer. E desses números, deixo pra você, o que conquistamos juntos: liberdade, respeito, amizade, carinho, saudade e reticências... Espero que um dia a gente dê pra elas tudo que criamos e só o silêncio disse. 

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