segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Papel de parede

Enjoei da minha foto no papel de parede do meu celular... eu, sentada na poltrona da livraria lendo, com um dos meus vestidos prediletos. Não lembro qual era o livro, mas achei tão minha cara a foto que ficou por um bom tempo lá. Tem gente que não vê sentido em usar a própria foto no celular, mas acho que adquiri um ótimo amor próprio. Então, acontece que hoje acordei com vontade de mudar. (Mentira, eu não acordo com vontade de nada, só de dormir mais... mas durante o dia bateu o desespero de trocar.). Eu não gosto da câmera do meu celular, e quase fui pega de surpresa pela péssima foto que encontrei no surto de *preciso mudar de foto*. Eu lembro dele tirando, e eu sei o quanto é ruim a câmera do meu celular... em relação à foto mesmo, e em tirar foto. A foto tava torta, com pedaços e engraçada. Não demorei pra salvar. E aí eu senti saudade. Me perdoe pelos "saudades" sempre ditos por você primeiro. Mas só foi hoje mesmo que eu quis escrever e dizer que foi lindo, que fez falta, que deixou foto e música. O celular me obrigou a cortar a foto pra caber. Eu achei um absurdo, tentei de todos os ângulos cortar a foto já cortada e eis o que sobrou: meu pé, seu braço e entre isso papeis e música. Nessas horas que eu entendo que "uma imagem vale mais que mil palavras". Era pedaços da gente num pedacinho de tela. Foto feia, poesia bonita. Era meu pé gelado pedindo suas mãos quentes, seu braço... Foi meu pé o primeiro passo, foi quando quis ir pra trás e você me puxou. Foi quanto te abracei de longe e você não hesitou no abraço demorado entre meu pescoço. Meu pé dançando e suas mãos pra cima. Foi isso que ficou. Foi aquela foto. Meu pé frio... Suas mãos quentes... Minha dança e sua música. E entre a gente papeis... papeis onde a gente coloca o que toca. Nós, que nos tocamos tanto! Nossa letra. Composições, declarações e chuva. Guardo como se fosse sempre. E ah, você é um péssimo fotógrafo!

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