terça-feira, 14 de junho de 2011

- O que custa me amar?

Ele perguntou como se fosse fácil, assim mesmo. Quanto custava amá-lo. Caralho. Foi a primeira coisa que pensei. Se fosse pra responder em números, não sei quantos zeros cabem no infinito, mas pra ser mais precisa, tentei colocar em sílabas: custa minha incerteza, minha vontade diária e reprimida de te ligar e perguntar como está, o que está fazendo e com quem, custa meus sonhos que não vão muito além de você, custa minhas cartas que sempre arrumam um jeito de te enfiar no meio, custa lembranças inconscientes ao passar na nossa calçada ou ver algo que você gostaria, custa meu tempo vendo coisas que te agradam só pra conhecer um pouquinho mais, custa meu coração acelerado ao te ver, custa a minha contagem regressiva pra te ver sorrir de novo, custa noites perdidas só pra não perder a oportunidade de saber um pouco mais, custa uma Lua inteira sem dono, custa sorrisos na mesa de jantar, custa bochechas rosas, custa minhas mãos perdidas pedindo um pedacinho do seu braço, custa meu olhar procurando o seu, custa a vida de muitas borboletas - que são mortas no meu estômago, tadinhas -, custa minha melhor roupa que sempre uso por você, custa minha criatividade pra te ver feliz, custa minha alma desgastada, custa músicas, custa noites olhando pro teto, custa olhar o celular de minuto em minuto, custa o meu jeito sem graça por falar seu nome sem querer em alguma conversa, custa verdade, liberdade, carinho, carência, argumentos, confiança, saudade... custa tanta saudade, custa prazer, desespero, custa isso. E se pra você isso é como nada, me avisa, por favor, porque pra outro alguém pode ser tudo.

2 comentários:

  1. que texto maravilhoso.
    curti muito mesmo o jogo das palavras pra definir o que nos causa o amor.
    belo blog. ;*

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  2. OMG, amei muito o seu blog, as suas palavras tão lindas. Amei, amei e amei. Já estou seguindo! bjs

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