quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Querido Diário

Eu fiz um texto só com o diálogo da aula de Relações Humanas, mas achei tão pessoal que vou contar assim, mesmo... Depois de várias mini dinâmicas, a proposta era ir conversar com uma das pessoas que sentava mais longe de você na sala. Fiquei com Caio. Pedi pra gente se sentar em frente a árvore linda e conversamos. A conversa fluiu tão bonita. Falamos sobre cuidar, sentir falta e tocar. Lembrei de quando fui cuidada e quase não tive momentos em que cuidei. Na hora do "sentir falta" quase chorei... tantas pessoas fazem falta. Quando Caio disse que todo mundo foi embora da minha vida e eu queria fugir enchi os olhos d'água. Perguntei se podia chorar e ele não deixou. Seria constrangedor, também. Ele me falou da família, das irmãs, da falta. Na hora do toque, demorei. Eu não deixava muito as pessoas me tocarem. Descobrir isso me tocou. O professor respeitou meu silêncio, eu meus pensamentos e Caio minha liberdade... no fim, nos abraçamos, e disse "esse toque foi importante pra mim, viu? obrigada". Acho que Caio se surpreendeu comigo... eu com ele, também. E comigo. Devíamos sentar mais perto. E quer saber? Eu acho até que amo demais... desculpa aos responsáveis por esse sentimento, se nunca soube direito como demonstrar. É que de tanto transbordar, eu deixo cair... ao invés de pegar um balde e regar as flores. Preciso aprender, ainda. Aceito ajuda de graça.

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