quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Traição, romance, amor e lance


O quarteto no carro. Bagunça e verdade ou consequência. Escuro e funk. Traição. O som tocou "quem já traiu levanta a mão". Três mãos levantadas. Faltava uma. Era a minha. "Bem, eu só fui a 'amante'...", disse tímida. Na verdade, estava sendo. Isso não me envergonhava, apesar de talvez dever.
Nunca consegui enxergar a imagem de "amante" como algo negativo. Tudo bem que não é totalmente positivo, mas o que quero dizer é que talvez "a outra" seja a de verdade, a não amante, a oficial, a namorada das redes sociais. A partir do momento que o homem "sustenta" a relação com uma amante, a oficial passa a ser outra. Passa a ser mentira, desconfiança, desigualdade, falta de reciprocidade. Enquanto a amante é a cura, o refúgio, o certo. No ponto de vista dos três envolvidos, claro. Tem gente que prefere honestidade, na relação. Eu nunca acreditei muito nisso... então, prefiro ficar do lado da sinceridade. Onde os desejos são mais limpos, a liberdade mais solta e as verdades mais esclarecidas. Por mais que doa.
Além disso, eu amo o nome. Amante. A-man-te. Repete assim, entre dentes, de batom vermelho. É sexy. Segundo o dicionário, pessoa que ama. Amante é só alguém que por algum acaso, não cabe na vida da pessoa. Chegou um pouco atrasada. A cama já estava arrumada, já era dia e um espermatozoide já havia se encontrado com o óvulo. Mas ela fica... ele fica... e haja reticências.
Acho que as amantes merecem perdão... Afinal, (podem me matar): "amar não é pecado".

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