domingo, 25 de setembro de 2011

Presente


Vitória da Conquista, 25 de agosto de 2011

Pra mim, é como se fôssemos uma alma unindo dois corpos. É forte. É um laço. Não quebra e não substitui.
Outra verdade, é que eu não sei começar uma carta, ainda mais de feliz aniversário, não queria seguir os clichês, principalmente sendo pra você. Iluminada. Minha excentricidade. Um desatino. Por meio, dessa carta, ocuparei pelo menos quinze minutos do teu tempo pra dizer o quanto eu te amo e dizer o quanto eu queria gritar pro mundo as coisas maravilhosas que lhe desejo. Você sabe que não lhe desejo as coisas apenas por desejar, há muito, meus desejos em relação a você foram sempre de corpo e alma.
Quero aproveitar para tentar expressar o que você é pra mim, se for possível. 
Já disse que não pode ser caracterizada por palavras, mas é algo além da impulsividade que me fez escrever pra você. É como se as palavras gritassem pro papel. Fossem para ele, e mesmo sem sentido expressassem algo forte por você daqui de dentro.
Cansei de escrever coisas grandes. Mas, acho que ainda assim não consigo não estrapolar. Apesar de ser bonito, cansa e perde a graça. Seu aniversário é motivo de comemoração de tudo. Tudo de lindo, tudo doce e muitas felicidades. Quero estar com você ao seu lado nesse dia pra sempre. Quero "noventar" com você. Não sei expressar, não tem como demonstrar a sua importância para mim, apenas digo que amo. Amor mais que tudo. Um amor que sustenta tudo. Defeitos, dias-não-legais, sentimentos feios, sensações estranhas, chatices, distância, todo esse tipo de coisa. Enfim, eu te amo. 
Hoje, ratifico tudo o que vivemos e acrescento que poucas amizades se deterioram. Algumas pessoas conseguem deixar marcas irremovíveis tão profundas que se agitam, de uma maneira tão frenética, que me pego sorrindo por saber que você é uma certeza minha. Você, Nan, é dos meus dias. Eu poderia descrever conversas, risadas, internas, tristezas, dúvidas, arrependimentos compartilhados. Mas só a gente sabe, o que realmente temos uma com a outra. Só de olhar sabemos do nosso sentimento fraterno de irmandade. Todas as descrições seriam insuficientes perto do que você me transmitiu e do que me ensinou, com uma certeza: voe. Às vezes em vez de vôo vem à queda, mas não se preocupe quanto à isso, se acontecer vou estar aqui pra te tirar do chão. Eu tô dizendo isso porque sei o que me ensinou. E sei que outros sortudos poderão vir a aprender. Tenho certeza que já lhe disse isso, de uns tempos pra cá, ando tendo muito dejavu, e eles me despertaram a comodidade de considerar uma pessoa especial, se ela consegue fazer com que eu lembre da minha infância, posso estar caindo de sono, mas resisto e fico conversando com você, é como se eu estivesse no colo da minha mãe nas festas resistindo ao sono porque não queria perder um detalhe. 
Primeiro, agradeço por ter deixado eu entrar no seu mundo, por me mostrar um lado agridoce e surpreender com as coisas mais doces da vida. Agradecer, porque eu nunca pensei que pudesse ter alguém presente, que compartilhasse comigo os desejos de ter tais experiências, compartilhar os pensamentos, as certezas, as dúvidas e que tudo isso servisse de exemplo pra mim. Porque parte da minha maturidade foi reconstruída por me espelhar e me ver nas suas experiências, nas suas vivências e nas suas palavras. Agradecer pela sua admiração, o respeito e o carinho que se tornaram sentimentos imutáveis em relação a nós duas e é assim que a gente leva uma a outra, pra sempre.
Por mais que o obrigada seja uma palavra decretando agradecimento, se pararmos pra pensar... "obrigado"? Obrigado, não. Ninguém é obrigado a fazer nada pra ninguém. Portanto, sou grata. Grata pela sua existência. Grata por realizar meus desejos, por estar comigo em momentos em que eu me senti maravilhada. Sou grata por ter você em minha vida. Acho que nem se eu procurasse no melhor dicionário da língua portuguesa, acharia um adjetivo, cá pro meu conceito pra descrever Fernanda.
Fernanda não é dessas. É ela. Chega com sua alma leve e intensa. Não suga suas energias, repõe. Te intriga, por todo o mistério. Mostra o lado menina-moça. Um na hora do drama, o outro, marcante pelo batom vermelho. Mulher demais. Canalha demais. Não, canalha canalha. Ca-na-lha, ela sabe. Curtidora nata do seu mundo. Escreve com o vigor de uma mulher. E diz tudo com convicção. Depende da proposta, pra ser mulher de aposta. Tem como resposta, uma delícia de risada. Sonha em desbravar o mundo. É amante de (...) quentes. Tem gosto de brigadeiro. Dona moça que até de outrora, vira chuva. E mais! Um conselho pra você, ande sempre com uma bússola ou um dicionário, porque nem pra bom entendedor, meia palavra de Fernanda basta. Fernanda é única. Fernanda é uma ventania de madrugada. Chega, derruba tudo. Deixa pedaços, leva pedaços. Deixa saudade. Esta, eterna. Eterna que você não sabe onde começa e onde termina.

Amo e quero pra sempre comigo. 
O que de justo for para a sua pessoa, sempre.
Abrace a vida, se despenteie, ande o mundo e ame, ame além do que a carne frágil pode suportar, isso faz bem pra alma.

PS.: Toda essa carta foi escrita ouvindo música francesa. Hoje, agora a noite, o céu, está lindo, estrelado, sem nuvens, com o preto dando lugar a um forte azul. A noite do seu aniversário!


(Obrigada de novo! Só você sabe o quanto é recíproco e verdadeiro... e ela esqueceu de assinar o nome! haha, como pode? Mas então, a dona dos cachos mais lindos do universo: Juliana Pithon)

Um comentário:

  1. (Quem diria que Pithon é tão boa com descrições?)

    Olha, Dunga, eu pensei e cogitei o que eu achei que mais lhe agradaria.. pensei em Jane Eyre (é o que eu tô lendo agora e é lindo, tô amando), em Morro dos Ventos Uivantes e em Muito Romântico.
    Todos os três eu amei além da conta ou estou amando.. e quando tava decindo qual lhe indicar, eu lembrei de um livro que eu li há alguns anos e que eu acho que é sua cara...
    ele tem uma fala linda, meio depressiva, mas você sabe como eu sou.. que diz assim: "prefiro ser infeliz com você do que feliz com ele."
    eu amo esse livro e espero que você ame também. Se chama 'Com o diabo no corpo' e é de Radiguet.

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