sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Adeus, dois mil e dez
E hoje, eu queria estar bem, em paz, comigo mesma... é como aquele livro que sempre é mais ou menos, mas o final tem que ser bom. Independente de como o livro foi, é imperdoável um final ruim. Se for ruim, torcemos pra o final salvar. Se for bom, torcemos pra o final surpreender. Então, vou me dar de presente pensamentos expostos... que fugi tantas vezes esse ano, por medo, talvez. Além do diário que vou me presentear também, claro. Mas deixa isso pro começo.
Esse ano não foi de fato, um daqueles em que dizemos sorridentes "um dos melhores anos da minha vida", nem mesmo "um dos piores", mas seja lá o que for, qualquer dia é aprendizagem. Não sei porque, ainda, mas as coisas ruins sempre sobrepõem as boas. Talvez pela intensidade da dor... mas quem disse que as ruins também não podem ser boas?
Perdi no inglês e nunca chorei tanto na vida. Fiz Enem, fiquei triste, fiz prova da UnB, fiquei desesperançosa. Me cobrei, me odiei, me amei. Quis lugares, pessoas, horas e não tive. E soube agradecer por isso depois. Conheci a Disney, me conheci. Conheci Nova Iorque e algumas pessoas especiais.
Aprendi a gostar de minha casa e dar mais valor a minha família. Me apaixonei pela COTEFAVE, odiei minha turma, amei também, torci, quis que Serra ganhasse, meu time foi campeão estadual, minha tia preferida engravidou e eu fotografei seu casamento, meu primo se formou, alguns amigos formaram.
Cresci. Doeu crescer. Aprendi tarde algumas coisas, por teimosia. Agora é tempo de recuperar. E amar. Pequenas coisas. Grandes. O que for.
Vou levar comigo os valores e as lembranças dos meus desejos e acima de tudo, minha vontade de mudar, pra conseguí-los.
Ano de agradecer, também, pelas pessoas que passaram, pelos que ficaram, pelos que me amaram. E você, que está lendo isso. É por sua causa que esse blog ainda existe. Obrigada de alma.
As expectativas não são muitas... estou aprendendo a me deixar surpreender. As promessas, as mesmas. Mas vamos que vamos, como diria alguns amores, com fé. É o único motivo de ainda sermos.
(P.S.: Me assustou o número de postagens desse ano ter sido o mesmo do ano passado. Engraçado essas coincidências.)
Até logo, fantasmas! :)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Romeu sem Julieta
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Little red
Gostaria que soubessem que estou feliz por vocês e quero que vocês sejam felizes, em qualquer lugar. Que passem logo no vestibular e continuem lindos, me enchendo de orgulho.
Eu amei vocês esse dia. Fisicamente, interiormente e preenchendo todos os lugares de amor mais saudáveis e bonitos. Foi como se o sentimento estivesse sempre ali, e eu não dava a mínima pra ele. Mas agora eu ligo e quero que saibam que eu quero vocês muito bem.
Me desculpa pela teimosia de tantas vezes... com os dois. Pelos conselhos não ouvidos de Ana e as palavras (e não só isso rs) recusadas de Cenoura. E obrigada por cada frase, vírgula, atenção, carinho.
Tenho uma porção de coisas boas pra desejar. Saúde, prosperidade, felicidade, amores... assim, sem mais nem menos, mesmo. Só por carinho. Espero que cresçam, evoluam cada dia mais.
As nossas relações sempre foram uma das mais diferentes. Sabemos o que é, mas não porque. De graça. E eu adoro isso. Adoro a liberdade que nos aprisiona. O não precisar contar o dia-a-dia, mas precisar contar o que explode. E só contar quando tiver vontade, sem ninguém se importar com isso. E perguntar numa segunda-feira qualquer "como vai?", querendo realmente saber como vai.
Não preciso saber o detalhe das últimas 24h de vocês... pra saber que eu gosto muito. Só achei que essa música (Little Red... escutem! é pra vocês), essa foto e as coisas misturadinhas aqui na minha alma merecia uns escritos bobos. Só pra ficar em vocês, de qualquer forma.
Beijinhos, cheios de sorte e de mim,
Fernanda.
domingo, 7 de novembro de 2010
Oi amigo,
Eu não sei se você sabe da importância que tem na minha vida, não sei se já disse isso, não sei se é recíproco, não sei se você vai se assustar, só sei que eu preciso falar.
Eu sonhei com você hoje porque dormi com você. Nos pensamentos e nos olhos com lágrimas. Ontem mainha tava conversando com tia Taneá (que veio pegar sua irmã aqui, inclusive), quando eu ouvi sem querer que você ia embora. Você já tinha me alertado, não sei porque não me contou... quando eu já acho que é certeza. Talvez por eu ter ficado muito triste com isso das pessoas indo embora, deve ser, não é...
Mas enfim, eu descobri e quando eu ouvi eu sai porque não queria ouvir o resto e não queria que fosse verdade. E agora, tenho tanta coisa pra te dizer, que não sei por onde começar...
As pessoas podem até se assustar, mas eu não preciso provar pra ninguém que sentimento não se mede em quantidade de tempo em que passamos juntos, e sim na grandeza das pequenas coisas que se transformaram aos poucos em coisas gigantescas no coração.
Agora, é como se eu quisesse mais que nunca eternizar cada segundo que passamos juntos, guardar num livro igual guarda flor. Deixar virar sépia. Mas ainda ter a certeza de que árvore vai gerar muitas flores e frutos.
Tenho uma necessidade urgente de não perder um segundo seu. Parece uma bomba, que está contando os dias com aquele barulho insuportável, sabe. Dá vontade de chutar.
Eu cansei das pessoas indo embora de mim. E já sinto o buraco causado por sua falta. Nó na garganta e um desespero ao pensar pra quem contarei minhas coisas loucas sem medo de ser mal interpretada. E você continuar sem entender, e continuar tentando. Acho que você é um dos poucos que não desistiu de mim.
Eu não sei se é cedo pra dizer, ou tarde, ou um péssimo dia ou hora. Não sei se devia lhe entregar pessoalmente. Eu sempre fui horrível com isso de "esperar a hora/lugar certo", acho que você sabe. Se tô sentindo, falo. Ou escrevo. Até porque, poucas vezes sinto. Então, você precisa saber que eu vou precisar de band-aids pra alma, que vai sentir muita falta sua. Aliás, corpo. Porque minha alma já tem você guardado.
Preciso lembrar pra sempre do sotaque paulista, o enjôo de gente, a antipatia, a timidez, o jeito discreto, o ciúmes disfarçado que eu sentia toda vez que te pedia pra passar no corredor do terceiro ano, ano passado e esse, haha, as conversas loucas, os desabafos correndo, você me ouvindo contar das minhas relações com cartas em inglês e pessoas e eu adorar você adorar. E eu nos adorava. Nos adoro.
Desculpe se fui egoísta, deixei de ouvir ou falar alguma coisa que você gostaria de dizer. Eu morro de ciúmes de você, espero ser mais amada que Ninna, e quero que você seja feliz. Muito feliz. Aonde for, com quem for.
Chorei, sonhei. Quero, espero, desejo, olho, cuido, protejo, morro, beijo, abraço, mordo, amo... com todas minhas móleculas boas. Ou as más, mesmo, que são as mais criativas e divertidas. Mesmo que isso soe um pouco estranho pra quem não me conhece direito.
Pra ser sincera, não acredito muito nisso (realmente) de que "amizades continuam a crescer a longa distância". Me perdoe. Isso deve ser péssimo. Mas sei lá, talvez eu esteja enganada. Caso não esteja, saiba, que você foi meu melhor amigo. E aquela história de terceiro ano, era pura besteirinha, viu... eu sempre fui apaixonada por você. E uma das paixões mais bonitas, que não me fazia morrer, como eu morria com todo o resto e você vinha tentando me salvar, só ouvindo meu desespero, haha.
Eu quero que você encontre pessoas que te mereçam, reconheçam. Se permita. Independente do que acontecer, saiba que você foi muito querido por alguém que fala "fê" no lugar de "efe", (como já disse) e que fala o não no final das frases afirmativas.
Pode até ser difícil pra você, mas @nandafpf@hotmail.com e 88037872 vai estar disponível 24h, se ajudar em alguma coisa. Mesmo que odiemos celular. E vai ser difícil pra mim, também... eu, que sempre quis ir.
Eu só desejo seu bem, sua paz, e que você se adapte logo. Não se esqueça de mim. Eu vou lembrar pra sempre de você, Victor. Guardo o papelzinho de anjo que me deu feito tatuagem. Fique bem pra sempre. E falando em sempre, nós fomos e somos pra sempre. Um dia precisamos enlouquecer juntos, ainda. Se cuida pra mim.
Três beijos. Na testa, de respeito; na bochecha, de amizade; no coração, de quem fica.
Fernanda
P.S.: "E como eu te quero tanto bem. Aonde for não quero dor, eu tomo conta de você, mas te quero livre também... como o tempo vai e o vento vem. Eu só quero que você caiba no meu colo, porque eu te adoro cada vez mais e e te quero sempre em paz."
P.S2.: Amor é amor em qualquer lugar.
P.S3.: Ainda quero ver o pôr-do-sol perto do céu com você.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Não sou aquilo que se vê
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Todo pranto sumiu
Estou realmente acreditando que isso de bom ou ruim depende mais de você do que de tudo, sabe? E eu quis chorar e tenho ainda que aprender a lidar com isso. Deveria ser errado pessoas choronas virem recheadas de sentimentos que não a permitem chorar.
Ganhei flores, cantada de pedreiro (eu adoro isso, juro) e o menino de barba mais lindo do mundo. Eu não ganhei o menino de barba, haha, mas ele quase me ganhou e eu precisava comentar nessa frase. E falando nisso, é preciso não perder as oportunidades. Sério, por mais que você morra, por mais tímido que seja, por mais que o mundo recrimine, por mais que doa, não perca as oportunidades. Faça tudo que puder e tiver vontade. Aproveite, se permita. No máximo, você só vai se arrepender. Mas é preciso não existir "e se". Pra não morrer vazia.
Sem música marcante, o que vai ficar é minha memória. Misturada com sentimentos indefinidos, quase alegres, na maioria do tempo.
Eu ainda quero umas pessoas antigas, sim. Ainda vou levar um tempo pra me recuperar totalmente de alguns, mas é preciso se jogar, de vez em quando. Vou fazer uma promessa comigo mesma.
Pelo menos metade do pedido deu certo. E isso basta. Ou não.
domingo, 17 de outubro de 2010
Agora eu já sei
Estou feliz por uma amiga, e por mim mesmo. E também porque ontem tinha uma dupla de cantores muito bonita no aniversário e acho que isso animou o resto de minha noite. Apesar de não parecer.
Não dói, mais. E isso é bom. Não sentir dor, com o que deveria ser sentido. Acho que estou cada dia melhor ao lidar com o meu ditado. Nada há ser esperado, nem desesperado.
Estou bem comigo mesma. E queria dizer que queria tanto que você fosse feliz. Os dois. De verdade. Arranjassem alguém legal pra perder tempo e células, rs.
Queria poder falar sem preocupação de passar ciúmes ou qualquer coisa parecida, "como foi?". Espero que não tenha dito a mesma coisa quando passou a mesma música. Haha.
E mesmo assim, de bobeira é que não estou. E voltando à rotina amanhã. Nos dois sentindos, se é que alguém entende o segundo. Enfim, que seja bom. Pra nós três.
domingo, 26 de setembro de 2010
Química, física e história.
Não olho mais nenhum contato virtual. Me prometi. Continuo indo pros lugares, porque não vou deixar de fazer nada. Só não paro de escrever, porque você merece um péssimo texto. Além disso, sempre vou precisar escrever.
Eu só tenho vergonha ainda porque não é fácil lidar comigo dizendo não e meu corpo gritando sim. Sempre achei a alma maior que o corpo. Mas já nem presto mais atenção quem tá dizendo o quê, afinal, é tão carnal.
Eu sempre tô fugindo e você sempre aparecendo no meio da minha fuga. E prometo que não é querendo. Eu sei que é puro egoísmo dar valor a um mero corpinho de uns 50 quilos, do que se importar com o seu. E com sua alma pedindo todos os corpos do mundo com mais centímetros de bunda, peito, coxa. Além da série de coisas que envolve uma partida e aquilo de aproveitar tudo o tempo todo.
Acho péssimo as pessoas quererem aproveitar tudo e todos. Talvez, egoísmo de novo. Se enjoar, um dia, talvez... porque tem muitas formas de aproveitar. Mas que se dane. Você que sabe. E eu odeio isso. Porque na verdade, você não sabe, mas deveria saber.
Falando em saber... me desculpa. De verdade. Não tenho culpa da dopamina e da feniletilamina me traindo. Vou ver o que faço com elas. Mas é tão difícil se concentrar em duas coisas opostas ao mesmo tempo.
Não vou mais pensar. E só de pensar em não pensar já estou pensando... é só que os segundos até resolverem abrir a porta da minha casa são eternos e eu nunca sei o que fazer com eles. Nem o que fazer com você. Nem comigo.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Podíamos ser...
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Retribuindo sorrisos.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Desilusões e coisas de gente grande
Desisto.
Mas agradeço por ter avisado...
Da próxima vez eu acredito.
Na próxima do próximo, claro.
Presta atenção: ninguém presta.
E é isso que você leva de todos.
As coisinhas e mentirinhas imprestáveis que por algum motivo,
vão ficar por um tempo machucando os ossos.
Só não precisava ser bonito,
Digo, o que não prestou.
Coisas imprestáveis deviam ser feias
Um beijo em que a tristeza e lindeza inventou.
Dói.
E você vai sempre querer o mesmo
Enquanto ele anda por aí
a esmo.
Mas, de repente,
talvez aconteça...
d'uma borboleta chegar
e tudo evaporar.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Despetalando agosto
Tenho procurado textos que me traduzem. Sempre vou atrás de Caio Fernando, Tati Bernardi, Vinícius ou o Querido Diário. Todos lá, dizendo por mim. Mas eu deixei de acompanhá-los há um tempo. Deixei de gostar de algumas pessoas, também.
Sei lá. Acho que não tô conseguindo mais me expressar direito. E me deu um desespero encontrar poucas frases soltas que dissessem por mim. Sinto que preciso falar qualquer coisa, mas não sei. Escrevo, apago, reescrevo, reapago, vivo, morro, ressuscito.
Apesar de todas as frescuras, estou feliz. Sempre quero fazer por merecer quando estou feliz, o que acaba facilitando bastante minha vida. Mas hoje gripei. E se eu pelo menos pudesse viver minha dor de cabeça tranquilamente, seria até bom.
Não consigo estudar. Acho que nunca vou conseguir fazer isso direito... quero ler meus livros, assistir meus seriados, dormir, amar, girar na grama e tomar banho de chuva. Meus desejos são maiores que eu.
Sinto saudades, também. Do que foi e do que talvez não virá a ser. Tenho uma vontade, de vez em quando, de pegar todo mundo e prender no meu coração como prendedor de varal. Prender/dor. E eu ir lá quando quiser, e olhar todo mundo bem lindo, como obras de arte. Meus.
E falando em pronomes possessivos, estava pensando até em ser de alguém. Essa coisa que todo mundo fala. Eu adoro "te ter", ao contrário de Din. Acho bem bonito uma pessoa ser da outra. E ainda continuar sendo sua própria.
Às vezes me contradigo, admito... e explico: sou insegura. Estou. Eu detesto essas incertezas... e continuo escrevendo cartas anônimas. Por pensamentos, algumas. E continuando perdendo pensamentos. E continuo...
É só que semana de prova exige de mim tudo que eu não gosto de fazer. E eu queria ter um motivo pra fazer. Besteira, deixa pra lá.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas?
(Eu sempre vou recorrer àqui pra responder coisas especiais. Sou ruim escrevendo e péssima falando. Então...)
Eu não traio meus sentimentos. Se eu estiver, no mínimo, gostando, vou gostar sozinha até gostar junto. E se não gostar junto, desgosto. E o problema agora é que eu tô gostando. É fácil não gostar, nem desgostar, esse intervalo é a minha hora com o mundo. Mas agora sou nossa. Mesmo que seja cedo pra isso. Não sou só minha.
Queria tanto ser explícita e dizer com palavras fáceis o que sempre quis... mas esse mundo faz de nós pessoas influenciáveis e bobinhas. Me sinto péssima por isso e começo a ouvir Cazuza dizer dentro de mim: "os ignorantes são mais felizes". Não sei o que fazer.
Eu sempre me sinto responsável pelas pessoas. E eu acho essa frase do Pequeno Príncipe a mais feia do livro. Não devia ser assim. Eu sei que as pessoas, de fato, são responsáveis por si próprias, mas quem me deixou cativar? Eu me deixei. E aí eu quero cuidar. Sinto uma necessidade absurda de cuidar das pessoas e tenho que deixar isso de lado, porque interpretam errado.
Eu só queria que todo mundo fosse feliz. Quem foi que inventou isso de cativar, hein? Tá precisando de umas palmadinhas. Cria e joga no mundo pra meros terráqueos sentir. Somos tão fracos. Frágeis. Leves. Humanos.
Deixa eu cativá-lo. E você, descative. Existe a palavra descativar?
terça-feira, 27 de julho de 2010
Cinza
Estão dando uma festa no céu da minha cidade. Ou pelo menos, testando o que fazer... que cor usar em qualquer comemoração básica que acontecer aqui no chão. Talvez, muitas pessoas ficando viúvas. Se não for, espero que os anjos gostem de dias nublados.
Mas só vim dizer, mesmo, que hoje acordei com um arco-íris... e se estiver festa lá em cima, quero ser convidada, também.
domingo, 25 de julho de 2010
Quero ver chegar junto prá me juntar!
Não é isso. Não sou tão dura. Talvez você tenha me interpretado errado. A verdade é a seguinte: eu só não tenho esperanças. Deixei de acreditar em amores a primeira vista e todos os filmes clichês. E apesar de tudo, ainda adoro um clichê.
Sou carente, sim. Muito. Quero sempre alguém pra apertar e morder. Adoro morder ombros. Só não gosto de gente me amando mais que eu. É isso. Sinto uma necessidade absurda de corresponder à tudo maravilhosamente igual... mas alguém me disse: "Dizem que um dos dois sempre ama mais..." e quem dera fosse eu.
Só que eu amo. Só não mais. Mas amo, sim. Amo qualquer movimento diferente. Amo contar quantas vezes alguém faz determinada coisa, amo o sotaque, amo a pulseira, as palavras invisíveis, o que poderíamos ser. Me apaixono fácil. Só que é paixão mesmo, bem no pé da letra: passageira.
E agora, bom... eu ainda acredito em tudo que disse. Mas é que quando aparece alguém assim, meio bonito, traz uma fraqueza que eu ando escondendo. Tá bom, eu admito. Acho que só queria mesmo alguém pra quebrar meus conceitos, me oferecer um colo e dizer pra mim dormindo: sua bobinha, você é mais fraca do que parece.
Eu sou fácil. E você só vê e lê minhas sombras. É bem pouco. Tenho tanta coisa pra mostrar, sentir, fazer... pra qualquer pessoa que queira ver. Eu deixo, de verdade. Quero ver nossos corações juntos. E nem precisamos bater na mesma frequência. Me faça gostar.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Stop crying your heart out
Acho que minhas lágrimas esgotaram. Depois de tanto tempo, faz bem aliviar a alma... eu só não queria suportar de novo as mesmas coisas. Crescer dói... e tudo machuca, agora.
Nó na garganta, alma limpa, triste, leve, decepcionada, olhos vermelhos, nariz sem respirar, e um sorriso pra disfarçar.
Yes, I need more time just to make things right.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
For the character dressed with white
And just to know (if you know)... I leave.
I let many things, but I have to say:
my heart stay intact.
I am mine, but I share something
with few people like you.
Just because I loved that writing.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Só queria saber dizer adeus
Não sei o que achar ainda daquilo tudo. Tive momentos péssimos lá. O ruim é que meu lado bonzinho sempre quer aparecer. E eu quase amei todo mundo hoje.
Tivemos amigo oculto e ouvimos Red Hot Chili Peppers. Tiramos fotos, e eu senti saudades. Sei lá, Red Hot sempre vai conseguir mexer com minha alma.
Quis chorar. Tive medo de ter que voltar pra lá próximo semestre. E o pior, ter que voltar sozinha. Apesar de tudo.
E aí me arrependi. De não ter aprendido o que era pra aprender. De ter desperdiçado o que tantos queriam, querem.
E o medo tomando conta. E Red Hot gritando, todo mundo gritando, se despedindo. E eu queria tanto me despedir, também. Mas não sabia se realmente ia embora. Não sei.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Bomba de hidrogênio
E eu enjoo das pessoas
Então, não encoste
Não agora, não hoje
Talvez sempre
domingo, 30 de maio de 2010
A arte de desconfiar
Tudo bem. É possível alguém provocar outra pessoa sem querer nada em troca? Talvez exista mesmo pessoas autodestrutivas que não se importam com a reputação e todas essas baboseiras da sociedade. Eu sei, é difícil de acreditar... mas existe a possibilidade de fazer isso pra ver até que ponto consegue ser provocadora. E passar do maior limite das provocações. É.
Minha pergunta é só até onde vai a verdade.
Hoje é aniversário de meu pai
Quero guardar, ainda, algumas lembranças nas palavras. Gosto de ver as coisas. Não consigo acreditar muito sem ver. Os segredos eu deixo pra alguma parte do corpo minúscula esconder.
Acho engraçado.
domingo, 23 de maio de 2010
Um abraço pra teimosia
Sabe que eu tinha esquecido dessa possibilidade. De podermos ser. Sério, achei importante me lembrar. Diferente, bonito, estranho. E não é nada ruim. Sempre gostei de coisas estranhas. Ainda está tudo bagunçado aqui, só preciso dizer que acho muito bonito quando dedinhos mindinhos guardam segredos. Promessas de um futuro. Talvez.
Tenha paciência comigo
Eu sei que você torcia para que o beijo significasse um início, mas é o fim. Nosso adeus. Bem patético, como você sempre quis.
Sim. Não.
terça-feira, 18 de maio de 2010
43 minutos de pausa
Falando em comer, quero mesmo é os tempos em que levava uma lancheirinha pra escola... com suco e salgadinho/bolacha de sal/bolo. Saudade da época em que pudia lanchar tranquilamente, pensando apenas na próxima brincadeira.
Mas não sei... isso de "eu era feliz e não sabia" nunca me soou bem. Talvez porque eu nunca tenha sido feliz de fato. Tive momentos felizes, lógico... mas nada que durasse um mês, imagino. E isso de "você é criança e tá reclamando de quê?" sempre foi ridículo, pra mim. Cada criança tem suas responsabilidades de criança e assim por diante. E fim de papo.
Tenho escutado, lido tantas coisas sobre tempo. Eu sempre gostei de fato de aproveitar o meu. E digo, estudando, trabalhando, qualquer coisa útil assim. É que sinto um vazio insuportável e uma inutilidade incrível de fazer algo que não devia estar fazendo. (Tipo isso). Só que às vezes é preciso. E impossível não fazer, também.
Só queria deixar claro que não me ocupo tanto por não ter que me suportar por algumas horas. Me suporto. É meio difícil de vez em quando, mas no geral, gosto de mim. É só que não tenho escolha, mesmo... e aquele velho clichê de que ainda somos como nossos pais. Ou melhor, dos nossos pais.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Soul
Sem açúcar. Canela.
E eu não estou bem. É decepção comiga mesma. Com tudo que faço, digo e sou. Essa é uma das piores partes da vida. Ficar triste com a única pessoa que tenho: eu. O bom é que recupero rápido, de tudo. E o péssimo, o péssimo é me aguentar e aguentar todo o resto. Já me basto. Já sei. Não precisa falar nada.
Sinto até um alívio em provar que estava certa, apesar de ser um certo bem desagradável. Mas eu estava, enquanto todo mundo me enchia de esperanças falsas. Aí depois não respeitam meu silêncio. Desrespeitar o silêncio é uma das piores coisas do mundo que alguém pode fazer.
As pessoas deviam se esforçar mais em me entender. Se eu estou triste? NÃO, claro que não. Estou super alegre, não está vendo minha gargalhada?
É deprimente fazer qualquer coisa nesse estado, porque as pessoas só se mostram felizes e fingem felizes o tempo inteiro. E aí você se sente pior que antes e passa a acreditar que o mundo é feliz demais pra você. E coloca um Oswaldo Montenegro pra acalmar o coração. Mas não adianta. Nada adianta. E adia, adia, adia. Antecipa dores, sofrimento. E sofre antes, durante e depois.
E hoje eu não queria ser olhada, não queria ser tocada, não queria que ninguém falasse comigo. Nem conseguir dormir, eu consegui! Onde já se viu eu não conseguir dormir por causa de uma besteira dessas?
Eu só queria uma bala. E podia até ser de melão, que é a pior de todas. Só precisava adoçar o corpo com alguma coisa. Da próxima vez, saiba, se eu pedir uma bala, não me recuse. Por favor. Quando peço uma bala, é porque preciso de uma bala.
domingo, 9 de maio de 2010
Oi Nana
E me sinto tão mais querida quando é uma das pessoas que estão na minha lista de fodásticas. Aliás, só tem essa pessoa na minha lista de fodásticas. Eu sei, estou tão palavrão esses dias... não ligo mais. E palavrões é você. Você é toda excesso. Toda explosão. Toda bomba. E eu sou a chave. A senha. O pouco.
Seríamos (quase) antagônicas se não fóssemos extremamente sem noções. Apesar de não admitirmos. É sem noção pra mim, e sou sem noção pra você. Talvez sejamos, mesmo duas sem noções desentendidas dessa vida louca. Sem noção de tempo, inclusive. Porque depois da meia noite o relógio enlouquece numa velocidade totalmente uniformemente variada. E quase somos opostos. Se você não fosse tudo que eu sou de melhor aberta. Sinto inveja, até.
Descontamos todos nossos sentimentos em textos não enviados, mal escritos, de um blog abandonado, onde os únicos leitores deve ser nós mesmas (e vice-versa, apesar de não ter outro objeto pra ser o versa (?)). E no final, vamos pra uma festa onde não gosto de ninguém e você gosta de todos, falamos da vida, abraçamos o mundo e beijamos uma boca qualquer que não seja muito feinha. Somos patéticas. E você ainda é capaz de ficar extremamente tonta.
Defende quem gosta, grita pelo que acredita e conversa. Conversa, conversa. Conversas bobinhas, mesmo. Desde que não entre um "e aí?" no começo, o papo flui. Porque odiamos "e aí?". E aí o quê? Tantas coisas aqui. Aqui dentro... no coração, na alma, na mente, na célula, no átomo, na veia, na unha, no olho. Meu olho, consegue ver? Guarda tantas coisas. Mas você quer mesmo saber? Aqui, aqui. Não dá pra dizer agora. E você não quer saber, eu sei. E aí. E aí e ponto.
Somos all star. Sapato confortável e nem aí pras pessoas. Apesar de você ser mais nem aí que eu. Ela dança, eu mexo. Tiramos o sapato e dançamos a vida. Ela embebeda, eu bebo água. Mas guardamos um tanto de palavras e sentimentos iguais, expressados de formas diferentes. E aí vamos levando. De boca em boca. Fingindo qualquer coisa de vez em quando pra não perder a graça.
Que absurdo que somos, sua sem noção. E quer saber, acho que as pessoas sem noções são as melhores do mundo. Mesmo que "melhor" soe tão grande. É que gosto mesmo é de verdades cheias de estrelas.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Fezes
O que quero dizer, é que quando estou na situação que os outros estavam, e que dizia coisas que pareciam fazer tanto sentido, meus conselhos, pra mim, não adiantam muito. Porque eu tenho uma p* de uma confiança. Confio em mim mais que em qualquer pessoa, o que me faz acreditar que conseguirei. O problema é: acreditar não me fará conseguir. O que quase contradiz, mas eu não sei explicar isso direito.
"A dor é o intervalo entre duas felicidades." E cá, estou, me ouvindo e me perguntando: e se, por um acaso, a dor demorar até quando for impossível? E se por um acaso, demorar até junho? Junho é o limite de minha dor. Se não, eu não suporto.
No fim das contas, faço tantas coisas que não gosto, que isso me consome tanto espaço no coração. É isso que é ruim. O pior de tudo. Aí eu guardo rancores. Coleciono amores. Mas fica tudo dentro, guardado, protegido.
Acho que ando precisando é explodir, qualquer dia, qualquer hora, pra qualquer pessoa. Por nada, por tudo. Pelo infinito, por tudo que não foi dito, por tudo que não foi dado, pelo que não foi terminado, pela menina na rua, pelo homem no senado.
Queria conseguir chorar pra sempre.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
A menina roubou meu lápis de zebra
E sabe quando você chega em casa, assim, querendo só comidinha e companhia? Acho que devemos não deixar de nos acostumar. Devemos achar que não é rotina. E talvez não seja, mesmo. Devemos fingir que não esperava e comemorar toda vez que não almoça sozinha, quando descobre que alguém ficou com fome por mais tempo pra te esperar.
Sobre nós, eu já sei. Não tem mais graça, porque esquecestes que o amor é passageiro? E mais que a vida. Como foi capaz de esquecer uma frase tão importante dessa? Então, me retiro de sua vida, já que você se recusa. Com todo amor, carinho e prazer. É ser boa demais. (Sou tão modesta). As coisas são tão diferentes. De valor, entende? E não tem nada a ver colocar isso aqui, agora, nesse texto... mas eu preciso: nunca vou me acostumar a dizer te amo. Nem ouvir.
Só quero pedir uma coisa. Me leve café na cama amanhã.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Tristonho é uma palavra bonita
Eu gosto de gente que muda de caminho,
de vez em quando.
Que muda a rotina e não passa,
pelos mesmos cantos.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Bloquinho de nota
porque você toma meu amor.
E o amor por mim mesma,
é quase tudo que tenho.
E essa é a única justificativa plausível.
Eu sei, rídicula.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
No promises
quarta-feira, 14 de abril de 2010
O seu olhar melhora o meu
Quase me perco ao me perguntar, se na verdade, não são as pessoas que sejam egoístas. Pouco importa. Escolhi o amor pra colocar a culpa, agora. As pessoas já são tão chatas, não precisam de mais.
O que quero dizer é: me incomoda os olhares das pessoas não se encontrarem. E mesmo que você saiba que tem alguém te olhando, você insiste em desviar o olhar, porque não quer perder de vista aquela menina, que está olhando pra outro, inclusive. E aí, há uma roda de amores não recíprocos. Olhares perdidos e tristes.
Eu sei que eu posso muito bem, virar, olhar, querer quem me olha. Mas eu não tenho vontade. E é por isso que não consigo ter raiva de ninguém, porque o olhar de outros estão pra outros. Poucos conseguem se observar e gostar por muito tempo. Porque olhar nos olhos dói. E é insuportável. Por isso que concordo plenamente que é amor é pros fortes. Mas o ódio também é.
Feliz de quem encontrar um olhar olhando pro seu. Ou não.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Sweet heartkiller
- Pode pedir mais que isso, se quiser.
- Pode me dar mais que isso, se quiser.
- Posso mesmo?
- Deixa eu pensar se tem sido um bom menino...
- Você sempre me verá como um bom menino.
- Ah, essas suas manias que me deixam vermelha se eu ficasse vermelha quando estivesse com vergonha.
- Minto?
- Infelizmente, não.
- Então... acho que merecemos mais que um abraço.
- Você sabe, eu sempre acredito.
(...)
- Você não devia fazer isso comigo.
- Vai dizer que não gostou.
- Você vai embora, como todos.
- Ficarei no coração, como poucos.
- No meu coração?
- Sim.
- Mas eu já disse, meu coração é uma privada.
- E eu já disse que você é uma sweet heartkiller?
- Não quero assassinar seu coração.
- Ah, ele não é muito significante. E é bem feio e triste, por sinal.
- Posso ficar, então?
- Só se me der mais um beijo.
(...)
- Um dia eu devolvo.
(...)
- Devolvo o coração.
- Promete?
- Não.
- Ok, mas ainda tá valendo um beijo?
- Quantos quiser.
Aquele gosto, na maçã do rosto
- Você sumiu!
- Você também.
- O que aconteceu?
- Nos perdemos.
- Achei que nunca enjoaria de você.
- Eu avisei que enjoaria...
- Verdade.
- Dá pra desenjoar?
- Na verdade, acho que tá passando o enjôo.
- Já sei, uma agoniazinha no coração?
- Você também sentiu?
- Não, eu só sei.
- Putz. O que você acha quando lê minha mente?
- Agonias no coração.
- É?
- Sim. E me diz, como faço pra devolver seu coração?
Então, Julia ficou muda. E correu. Porque ele sempre perdia a chance de ser romântico, porque ele sempre a decepcionava e porque ela estava desesperada em ter o coração de volta. Ela gostava, mesmo, de não sentir. Gostava, sim. E quando já estavam a alguns metros de distância, ela começou a chorar. Sozinha. Não sabia exatamente porque, mas ela não gostou daquela pergunta. Ele estava ali, na frente dela, não precisava devolver nada. Só precisava se dar. Que trabalho ele tinha pra se dar? Podiam trocar corações, pensou. E ele olhava, olhava, olhava. Destestava a sensação que ele tinha de lhe chamar com o olhar. E ela sempre ia. Se odiava nessas horas... mas ele estava tão bonito. E tinham tanto tempo que não se viam, se tocavam! Tempo, na medida do amor... onde um dia, na verdade, são 24. Então, ela voltou. Não podia se perder daqueles olhos de novo. Mas ela queria ir embora, apesar de tudo, e ele não deixava. Agora, pendurava-se no seu casaco e pedia por um beijo de despedida. Ele estava tão perto. Tão bonito. Mas Julia gostava de coisas feias e machucadas, então ofereceu sua parte do rosto mais sem graça: a bochecha direita, que ficou marcada com o lábio mais frio que conhecia.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Someone I love will die.
Porque, sinceramente, eu sou tão fácil de agradar. Sério, não preciso de muito. Só que eu preciso de pouco, e não de nada. Preciso de qualquer coisa.
Tenho sentido um vazio enorme na alma. É vazio de não ter o que e porque gostar. Minha alma tá carente de tanta coisa... até de coisa ruim, mesmo. E eu não sei se é tudo culpa minha. Não sei se tenho capacidade de gostar, sem nada em troca. Não sei mesmo. Mas acho que fui capaz até agora. E eu não quero ser capaz.
Precisava que alguém no mundo, me mandasse uma mensagem no meio da aula de matemática dizendo qualquer besteira sem sentido, como "assim como 2 e 2 são cinco...". Precisava de alguém que realmente se importasse com o que eu sentisse.
Sinto que se formam pares, trios, quartetos e os grupos vão se fechando. E sinto que não tem espaço pra mim. Talvez porque eu não me esforce pra entrar em nenhum, talvez, na melhor das hipóteses, porque ninguém me queira.
Não quero transformar isso num drama patético, assim como quase tudo que escrevo. Mas não estou exagerando, agora.
Nem que eu tivesse algo pra odiar extremamente. Absurdamente. Quero algo que não caiba em mim.
Penso em dividir algumas coisas com alguém, quem sabe. Mas eu sou tão cheia de vazio. E que absurdo falar assim... também estou de saco cheio de me sentir cheia de vazio. E assim, me torno tão, tão, tão leve... que a leveza chega a ser insustentável. A insustentável leveza do ser, leiam.
Queria reinventar em mim, tudo que tenho direito. Mas tudo com um pouco mais de açúcar e afeto. E colocar qualquer coisa que se sinta, nesse meu coração. Porque eu nunca quis tanto como agora, transbordar.
domingo, 28 de março de 2010
Me abraça forte
amor, sonhos, pessoas
É por isso, que algumas vezes
quero matar e morrer
Morrer meus desejos, meus amores, drogas
de tanto que vivem
Alguém entende de morrer de tanto viver (?)
Deve ser amor, de todos sentimentos
o que menos tenho
e o que mais queria ter
E tenho tantos ruins de sobra...
ninguém quer, não é
Tá bom...
eu espero, até quando der.
Luzes
É que eu preciso colocar pra fora, de qualquer forma, um pouco de tudo que sinto, passo e sou. E é por isso, também, que muitas vezes quero me esconder ao perceber o que escrevi. Porque, de repente, me sinto como se estivesse de calcinha e sutiã. Mesmo que ninguém entenda se eu disser "avtgf", eu vou entender. Talvez escreva pra mim. E talvez, fique muito feliz quando vejo que algumas pessoas gostam do que escrevo pra mim.
Dinho agora tá cantando Renato Russo, num programa de televisão. TV aberta. Ele é bem bonito. E eu estou bem carente. Essa televisão preta e branca me dá uma vontade de voltar a passados. Passados que eu me lembre, porque memória só guarda o que coração ama.
E aí, quero que meu presente vire um passado memorável. O ruim é que isso não depende só de mim. E eu não consigo deixar de esperar dos outros. Não consigo deixar de querer exigir. Ainda bem que me controlo.
Só não controlo o riso. Não controlo o desespero de não poder rir em situações que precisam de muitas risadas. Aí, o café sai junto com a risada, e a bagunça quase fica bonita na poesia.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Caos desorganizado
Sinceramente, acho que as vezes invento tristezas... porque até minha alegria, parece triste. E eu adoro essa frase.
E de repente, me vejo querendo mudar de novo. E me deparo com meu cérebro brigando contra o coração. Queria tanto deixar meu coração ganhar.
Acho que devia estudar pra Química, cortar o cabelo, parar de pensar no que podíamos ser, aceitar, de fato, que as pessoas não serão humanas por tão cedo, e investir em realmente quem me faz bem. Quem faz me sentir bem comigo mesma, quero dizer.
É que parece tão mais cômodo, permanecer aqui, no meu mundinho, com as mesmas pessoas que eu nunca concordarei com suas idéias. Me parece e é.
Só de pensar em me afastar, dói. Não sei o quê que dói, mas dói. Acho que é meu sentimento de pena gritando mais uma vez. Talvez nem seja dor.
Eu queria realmente não me importar. Mas eu vou falar uma coisa... é que não faz muita diferença quando você tem 50 amigos e perde um. Mas perder um de 5 é triste e vazio. Deve ser como perder um dedo.
Não que eu tenha perdido um amigo... não, eu acho. Mas é que eu queria mandá-lo embora. E eu me sinto mal por isso, mas é verdade: é que não suporto vê-lo triste.
Talvez seja baboseira e isso tudo não passe de uma ficção mal feita. É que às vezes me dá enjôo de gente.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Solidão a dois
Procura-se aquecedor do coração
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Anabola nº 2
Último dia de viagem. Prometi a mim mesma que escreveria uma coisa, em consideração aos meus melhores pensamentos de madrugada. Agora as memórias são mais frias, queria poder escrever no momento certo, onde os sentimentos ardiam. Mas nem pude. Incrível como temos os melhores pensamentos quando não temos papel. Não escrevi porque dividi o pequeno quarto do hotel com as irmãs, não tinha tomada do notebook, nem tinha papel e caneta. Preciso lembrar de não esquecer papel e caneta por todo lugar que for, além da câmera fotográfica. O hotel é um dos menos bonitos de todos que já fomos. Aliás, já fomos em piores. Mas é quase feio, mesmo. Pelo menos temos uma vista linda do pôr-do-sol na praia da varanda, mesmo. Da varanda de baixo, do hotel. Porque no quarto não temos o previlégio disso, apenas uma janela que não abre e um ar que não funciona. Nem ficamos no hotel, então, foi bem legal. O vendedor de queijo foi a primeira pessoa que parei pra falar. Tentava anotar tudo que dizia na memória. Mas minha memória é uma daquelas máquinas meio antigas, meio quebradas... e eu gostei dele. “Ô fia, você já pegou avião, foi? Eu tenho um amigo né, que ele falou assim... que quando ele entra no avião, dá aquele frio na barriga, sabe, que parece aquelas montanha de parque. É verdade, fia? Pois é, esse meu amigo que eu falei, ele falou que tem aeromoça. A moça tem medo não? Eu hein. Ah, menina, isso aí né pra mim não, ele falou que quando ele vai já pega uma bebida, porque lá serve de tudo né? Ouvi dizer que tem um tanto de coisa pra gente beber. Ele falou que já bebe uns 3 copo de bebida, que aí pronto, não ver mais nada. (...) Tava ali vendendo o queijo praqueles moços lá, eles são austarianos. Não, não sei falar austariano, não... eu fico aqui na praia, mas ainda nem aprendi. Só sei falar ‘ai lovi u’ mesmo, porque todo mundo sabe né... ai eu falo ‘ai Love u’. Mas só isso mesmo. Eles não falam brasileiro, não. Tudo estranho, até tiraram uma foto lá comigo pra levar pr’Austaria. O povo aqui gosta de mim. Ô fia, acho que já vou. Amanhã a gente se econtra aqui, né? Será que o salão cabeleleiro tá aberto ainda? É, hahaha, tem que ficar bonito pro carnaval mesmo. No carnaval eu trabalho aqui até de manhã, é tanta gente aqui, que você nem sabe. Pois é fia, to indo, eu vou por aqui, que é melhor. Té amanhã”. E “amanhã” não nos encontramos mais. Fui tirar uma foto do pôr-do-sol, e ninguém quis ir comigo. Encontrei uns meninos de uns 8 anos, e eles foram simpáticos. Falaram da água viva, das ondas, e até me ensinaram sobre as pedras. Veja só, meninos de 8 anos. Todos lindos, tirei foto deles, e eles tiraram minha. Nem precisamos perguntar os nomes, um foi logo enxugar a mão pra poder segurar na câmera. Adoráveis. E puros, como todas crianças. No mesmo dia encontramos o tal galego, que nos alugou as cadeiras de praia. Ô trenzinho desconfortável essas cadeiras, viu. Eu prefiro a canga estendida na areia, mas a praia tava meio suja, e meu pai quis as cadeiras. Lembrar de nunca fazer o que quero, porque o tal galego foi o melhor de todos, mesmo. Eu fotografava a praia, desconhecidos e lindos, quando usei o óculos e ele falou por trás de mim “Eu também fazia isso, pena que roubou a minha”. Nessa hora, me deu uma raiva do mundo, ou talvez fosse pena dele, mesmo. Ele tinha uns dentes falhos, cabelo feio, pele queimada, mas era encantador. Ou talvez eu veja encanto onde não tem. Não sei o que disse, talvez sorri, como sempre, e ele se aproximou, enquanto todo mundo tava no mar. Disse assim “você só fica aí tirando foto, deixa eu tirar uma sua”. Primeiro, tive medo, como sempre, mas... cedi, como sempre. Se eu soubesse que era um ladrão, acho que teria dado mesmo assim. Confio inteiramente nas pessoas. E aí, ele tirou uma foto minha com as lentes do meu óculos. Nem ficou muito boa, mas foi problema do óculos, como ele mesmo disse. Das coisas que não vou esquecer, vai entrar na hora em que fui devolver as cadeiras com meu pai (que eram alugadas dele) e tinha um moço “espiando” do lado de fora da pequena cabana caindo aos pedaços. E aí perguntei “cadê o rapaz das cadeiras?”, e aí, ele encostou no meu ouvido e falou meio sussurrando “o galego tá amando”. Achei lindo, inocente. E quis amar, também. Hahaha. Deixei as cadeiras com o amiguinho, e fomos pro hotel. Nesse dia, li bastante Hugh Laurie enquanto minhas irmãs se divertiam com ondas, e sol. No dia seguinte, deixamos a programação por conta de tia Carminha e tio Vockton, e foi o melhor de todos. Claro que eu não estava disposta, mas claro que eu amei, depois que fui. Eles nos levaram pra uma praia que tinha um rio logo na frente, e atrás, a praia. Demorou mais de uma hora pra chegar, mas valeu a pena. Passei a maior parte do tempo no rio, quando fomos um segundo na praia, Marina foi queimada (é queimada? Acho que é) pela segunda vez (no dia anterior, também) por uma água-viva. Ô bichinha miserável (nem me pergunte se é Marina que foi queimada duas vezes, ou essas águas vivas). Marina chorou, mas logo todo mundo esqueceu. E andamos de caiaque, e outra coisa sem nome. Eu, protetor 24 horas. De amarela, quase fiquei laranja. Quando cansamos muito, fomos ao melhor restaurante de lá, segundo os titios, também. E não é que era? Vânia, a dona, nos contou “Quando eu vim pra cá, né, não tinha nada, não, mas a cidade tá crescendo, asfaltando tudo aí pro Carnaval. Eu era lá da praia do Forte, né, mas la era muito ruim... quando comecei a crescer, começou as ladainhas, eu era uma das mais fortes dos pequenos, sabe, aí eu ia num lugar, e falava que não tinha o que queria comprar. Mas tinha sim, eles que não queriam me vender. Aí eu vim pra cá. Porque aqui não tinha nada pro povo comer, fui no mercado, só tinha pão e biscoito. Aí eu fui e falei pro marido, ‘vamos dar comida pro povo de Ibaçaí’, aí a gente montou aqui. Tem quartinho ali no fundo pra alugar. Mas eu não gosto de muvuca, não. Aqui dá pra criar os meninos sossegado, fecho cedo, abro a hora que quero o restaurante aqui e vai indo. Mas se começar a vim gente demais, eu não gosto de enxame, aí eu saio logo daqui e vou procurar qualquer lugar aí no mundo.” Ela foi legal, e foi a que mais falou. O que mais gostei foi seu jeito de vida. Procurar qualidade de vida, saúde e tranqüilidade. Se o dinheiro acompanhar, ótimo, se não... azar. Depois fomos na Vila da Praia. Pensa um shopping em céu aberto, praticamente. Todo lindo. Vila de novela. Me deu vontade de chamar meus amigos pra passarmos um tempinho lá. Seria divertido, super lindo. Comi beiju de coco com leite condensado. Delícia. Chegamos em casa acabados. Lógico que pelo texto vocês vão achar que não foi nada. Mas remar cansa muito, sol cansa, andar cansa, praia cansa, tudo cansa. De lá pra cá, dormimos o que pudemos, e ainda tomamos banho, lavamos o cabelo, secamos, fechamos o olho e abrimos. E finalmente, hoje (sábado, 30 de janeiro 23:53 rs), consegui uma tomada e tive coragem pra ligar o notebook. Quis ir na despedida de Ayume, e senti saudade dela, de tudo que ela fez pelo Interact, por mim, e por muitas pessoas, com certeza. Ela é linda. Mas depois, esqueci, me encontrei de novo, com um dos melhores primos do mundo – Tom e Volfer – pra poderem mostrar a moto que compraram com o próprio dinheirinho. Toda linda, com cheirinho de orgulho e felicidade. Fomos no shopping e eu tinha que ficar no mínimo uma hora na Saraiva, e meia na Imaginarium. E tinha que querer muito morar numa capital. Por acaso, me responda, eu tenho cara de “oi, venha me pedir ajuda, estou a disposição”? Tá, eu tenho. Assim que minha irmã levantou do sofá pra pegar um livro, não deu tempo nem colocar a mão do lado, que o menino chegou e veio me pedir uma indicação de livro. Tantas pessoas na livraria, e ele vem até mim. E aí, ele foi o mais chato, mas coitado, nem tinha culpa. Eu que não gostei dele, mesmo. E ele me contou a vida, do amigo que estava atrasado, do aniversário da amiga, da escola, de São Paulo. Até que eu resolvi ser chata de novo, e aí ele foi embora, agradecendo pela indicação. Foi bom vim pra cá um tempinho antes das aulas. Deu tempo de animar as células e gritar pra mim: você precisa morar numa capital! Então, vamos fazer por merecer, agora, a partir de quarta. Estou mesmo empolgada pra estudar. Quero aprender, viver e saber cada dia mais. Fomos assistir filme, mas nem deu. E no fundo, fiquei feliz, não tava um mínimo animada. E foi ótimo, conversamos muito. Tom é muito simpático, e ele ri de tudo que dizemos. Volfer é mais parecido comigo, mas tenho que dizer, que prefiro Tom. Um moreno e um loiro, irmãos, acho lindo. Gosto de pessoas que (pausa pra dizer que é 00:00) conversam de tudo, sem preconceito. Tom é uma dessas. E a gente riu muito, de tudo e todos. Eu quase quis contar pra ele toda minha vida quando ele perguntou dos meus paqueras. Ah, o povo daqui fala “paquera/paquerinha”, adoro. Meus paqueras... estão aqui em Salvador esperando por mim!!! Ele riu e mudamos de assunto logo. E aí, nos despedimos. Toda despedida é chatinha, né. Ele mandou eu ter juízo. Tudo que menos preciso é juízo. Mas eu gostei dele falando, e gostei como me abraçou. E Volfer me abraçou bonitinho, também. Me arrependi de não termos tirado uma foto juntos. Ano que vem, vou ver se peço minha mãe pra passar uns dias aqui. Eu gosto do meu conforto, admito, mas depois que saio dele, não quero mais voltar. Aí me lembro, de como diferente é muito melhor. Nem deu tempo de sentir saudades de Conquista. Fiquei feliz com isso, e nem espero que tenham sentido minha falta. Gosto assim. No shopping, encontrei coisas tão lindas, pra pessoas que nem me conhecem, mas que se fossem minha amiga, eu compraria pra dar de presente, porque combina tanto. Pena que nem são. Acho que devo investir nessas pessoas, não gosto de coisas comuns. E as pessoas que convivo são no mínimo, assim, comuns. E amanhã, estamos indo, logo cedo. Vai deixar saudades, como toda viagem que fazemos. Me arrependo de nunca ter levado um diário ou qualquer outra coisa, além de máquina. Tudo que me resta das viagens mais lindas é essa cachola falha. Vou dormir, porque minha irmã já está resmungando da luz. Amanhã, 5 horas dormindo de mal jeito, e 1 hora assistindo House, pra ser feliz! Boa viagem pra mim. E obrigada, qualquer ser que permite que isso tudo aconteça. E sabe de uma coisa, eu precisava era mesmo do mar, e da Bahia de todos os santos! Só pra sentir mais de perto isso que eu não sei definir. De qualquer jeito, acho que Nando Reis tinha toda razão do mundo quando escreveu “de frente ao mar a gente se sente melhor”.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Anselmo, faça cinema, por favor!
Beijos em PB
domingo, 10 de janeiro de 2010
Anabola nº 1
sábado, 9 de janeiro de 2010
Oi, Nandy
Com muito carinho, de todo o amor do mundo, de quem mais te conhece e ama,
Eu. - seja lá quem eu for, mas você sabe. ou não.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Peitinho
me sentir agoniada.
Nem poesia que sei fazer
inventei pra te satisfazer
Às vezes, te odeio por horas e horas
e gosto de você, por tão pouco tempo
que quase penso que é mentira com drogas
Não sei o que fazer com isso
se é que tem alguma coisa pra fazer
Dá vontade de gritar
faça alguma coisa (!) me faça florescer
Se esqueceu que quero te ver?
E quero seu jeito estranho de falar
com a boca, com os olhos, e com o cabelo, mesmo
Não queria enjoar
não quero ter filhos, agora, sabe?
Então, não precisa demorar
não quero mais esperar
É agora, e só por uns meses, ou dias, não prejudica
não mata, não morde, não engorda
Aliás, mordinhas não faz mal
vem cá, não quero mais falar assim de tão longe.
Senta, porque fica aí em pé com os olhos fechados?
Tira isso do ouvido e me escuta:
estamos tão próximos, podia me beijar, agora
seria ideal, não acha?
Prometo que fecho os olhos na hora certa
se prometer que vai me beijar na hora errada
Tá bom, então, antes de tudo, nos ver.
Mas você sabe, né?
Sabe que eu não quero só ver
mas quero ser a convidada
Enquanto isso, fico aqui, com minha alma, calminha
querendo te entender
querer
ter.